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segunda-feira, 5 de maio de 2014

Inter decepciona e perde em Rio Preto

*** Por Robeto Lucato

Após uma semana de treinamentos e seguindo de uma vitória em casa, a Internacional foi até São José do Rio Preto com o objetivo de somar pontos e não se distanciar dos primeiros colocados do seu grupo, no quadrangular decisivo da Série A-3.

Nos primeiros minutos a equipe limeirense até deu a impressão de voltar a ser aquele time maduro, dono de cinco vitórias consecutivas na reta final da fase de classificação.

Demonstrando tranquilidade e exercendo forte marcação, os comandados de Claudemir Peixoto colocaram seus adversários no bolso do colete, justificando as primeiras construções ofensivas.

O nervosismo era tamanho entre os riopretenses que aos 14 minutos, depois de um levantamento feito por Goiano, os zagueiros Vinícius e Eder Baiano bateram cabeça e por pouco não jogaram contra as próprias redes.

Cleberson e Rodney apareciam bem nos desarmes, porém, a progressão começava a apresentar deficiência perto dos 20 minutos de jogo. Luis Mário, mais uma vez apagado na partida, se resumia a fazer levantamentos para a área em bolas paradas, mas longe de apresentar sua costumeira pontaria.

A Inter parecia não acreditar em tamanha facilidade, mas, vacilante, afrouxou na marcação. A partida se equilibrou até que aos 23 minutos surgia a primeira pontada perigosa dos mandantes. O atacante Leandro Tabarana experimentou de fora da área, sem perigo.

O chute acordou a silenciosa torcida que acompanhava já impaciente no estádio Anísio Haddad e, em seguida, nova incursão. Luis Mário levantou mal na intermediária ofensiva e, no contra-ataque, Cléo Silva recuperou a bola e saiu driblando toda a equipe limeirense até se aproximar da grande área e bater, obrigando Nunes a praticar sua primeira defesa.

Os espaços foram surgindo e o lateral Lucas Newton se aproveitou de um cochilo para mandar uma bomba de fora da área, vendo a bola desviar na forquilha. Ito Roque, técnico do Rio Preto, fora expulso aos 38 minutos e isso pareceu ter acordado ainda mais seus comandados.

A Inter assistia à reação adversária sem disposição até que aos 39 surgiu uma falta a dois metros da grande área. Leandro Tabaraba ajeitou a bola com carinho e foi muito feliz no arremate. Cobrança à meia altura, inapelável para Nunes.

A abertura do placar desnorteou a Inter, que sequer teve forças para reagir. O segundo gol viria pouco tempo depois, aos 43. Em uma reposição de bola infeliz, Goiano perdeu a disputa para Cléo Silva que partiu rapidamente para a área. Seu arremate foi forte e Nunes rebateu. Sem marcação, Victor Palito apenas teve o trabalho de empurrar contra as redes.

Mesmice

Surpreendendo, o técnico Claudemir Peixoto não alterou sua equipe para a segunda etapa, mesmo perdendo e apresentando um fraco futebol. O resultado não poderia ser diferente e a Inter parecia estar satisfeita com o resultado.

Jean Carlo continuava à vontade à frente do ataque alviverde e aos oito minutos quase ampliou, chutando forte para o desvio de Nunes. Claudemir alteraria seu time apenas aos 13 minutos com a entrada de Thiaguinho no lugar de Ricardo que, desta vez, não cumpriu boa jornada. Pouco tempo depois Paulo Krauss substituiria o apagado Luis Mário porém, em nenhum dos casos, nada melhorou.

O Rio Preto foi ganhando confiança e mesmo em vantagem, ao contrário da Inter, marcava melhor e partia em busca do terceiro gol. Os jogadores leoninos, para complicar, não se apresentavam, não abriam para oferecer opções e a partida ficou concentrada na intermediária.

A impressão é que os comandados de Claudemir Peixoto aceitaram cedo demais a supremacia dos adversários e não acreditaram mais em suas potencialidades. Jardel, isolado no ataque, raramente recebia um passe e Chuck, também em tarde infeliz, estava bem marcado e pouco acrescentou.

A Inter descontaria aos 41, muito tarde para um time que, em tese, jogaria suas cartadas finais para entrar no bolo de cassificação. Chuck tabelou com Thiaguinho e chutou. No rebote, o mesmo Thiaguinho recuperou livre e fuzilou rasteiro. Fim de jogo, a Inter conseguiu complicar de vez sua arrancada rumo a Série A-2, pois agora terá pela frente o imprevisível dérbi, contra o Independente, no Pradão, jogo previsto para a próxima quarta-feira. 

Ficha Técnica

Rio Preto 2 x 1 Internacional


Gols - Leandro Tabarana aos 39 e Victor Palito aos 43 do 1º tempo (RP) e Thiaguinho aos 41 do 2º tempo (IN)
Local - Estádio Anísio Haddad, em São José do Rio Preto
Árbitro - Vinícius Gonçalves Dias Araújo
Auxiliares - Vitor Carmona Metestaine e Marcelo Zamian de Barros
Público - 950 pagantes
Renda - R$ 11.650,00
Internacional - Nunes; Goiano, Doni, Júnior Baiano e George (Dodô); Cleberson, Rodney e Ricardo (Thiaguinho); Luis Mário (Paulo Kraus), Jardel e Chuck. Técnico - Claudemir Peixoto.
Rio Preto - Washington; Lucas Nilton, Vinícius, Eder Baiano e Pedroso; Tabarana, Nildo e Leandro Tanaka (Rafael Rueda); Cléo Sulva, Jean Carlos (Diego) e Victor Palito (Lucas Martins). Técnico - Ito Roque.

Independente faz jogo perfeito contra a Matonense e retoma liderança


O Independente, muito provavelmente, fez o melhor primeiro tempo da "Era Álvaro Gaia". Disposição, garra e vontade de vencer foram os segredos da vitória sobre a Matonense por 2 a 0, sábado à noite no Pradão.

Os mais de mil torcedores presentes viram um time determinado a vencer, não se intimidando com o esquadrão de Matão, que até então liderava o Grupo 2 do quadrangular final da Série A-3.

Desde o início o Galo foi superior. E olha que o goleador Dairo, autor de 11 gols e o meia Claytinho, com 6 gols, foram vetados antes da partida e desfalcaram o alvinegro na partida decisiva.

Álvaro Gaia improvisou Fabiano novamente na ala-direita, voltou com Jordy Guerreiro no meio, deixou Dodô à vontade para armar as jogadas e promoveu a reestreia de Ygor, que atuou no Galo no ano passado.

E a equipe limeirense começou a construir a sua vitória logo aos 3 minutos. Escanteio cobrado por Dodô na direita e o zagueiro Denner subiu na pequena área para estufar a rede de Cairo, inapelavelmente. Galo 1 x 0. Terceiro gol do becão em 33 jogos pelo clube.

A Matonense chegou a marcar aos 5 minutos com o zagueiro Diogo de cabeça, após falta cobrada por João Gabriel pela meia-direita. Mas o becão estava impedido e o gol foi corretamente anulado pelo árbitro Leonardo Ferreira Lima.

Aos 8 minutos, quase a torcida galista explodiu novamente. Falta cobrada por Dodô pela direita e Fabiano escorou no travessão. O Galo era envolvente e dominava as ações. O time de Matão apostava em Romário, porém o goleador era anulado por Xandão, que em um lance bobo no meio de campo, cometeu uma falta e recebeu seu terceiro cartão amarelo. Desta forma, está fora do dérbi de quarta-feira.

Ygor fazia a torcida esquecer de Dairo, tamanha movimentação em campo. Procurava o jogo, fazia a chamada "parede" e servia seus companheiros. Aos 19 minutos, finalizou na área para a defesa de Cairo.

Aos 38 minutos, o árbitro deixou de marcar um pênalti claro em cima de Ygor. O atacante galista recebeu em velocidade e foi empurrado na área pelo zagueiro Diogo, quando fatalmente ampliaria o marcador.

Nos acréscimos, a Matonense perdeu o zagueiro Diogo machucado. Aos 49, Marcelo Bonan, que foi um mero espectador na primeira etapa, assustou a torcida ao defender em dois tempos um chute com curva de João Gabriel.

Segundo Tempo

O Galo voltou da mesma forma para a etapa complementar, ou seja, em cima da Matonense. Aos 3 minutos, Dodô se livrou de William e soltou a bomba para a defesa de Cairo.

Aos 6 minutos, Juninho, que taticamente fez uma partida perfeita, deu um lançamento milimétrico para Ygor, que carregou em velocidade e, com extrema categoria, deu um tapa forte na bola, no canto de Cairo: 2 a 0.

A partir daí os problemas começar a surgir no alvinegro. Jordy Guerreiro e Ygor se machucaram e pediram alteração. André e Luciano Pintinho foram para o jogo.

O Galo teve uma queda brusca de rendimento. Já a Matonense cresceu com as entradas de Diogo Pituca e Guilherme. Foi então que começou a brilhar a estrela do experiente goleiro Marcelo Bonan.

Aos 11 minutos, o apagado Ray tocou de lado para Jackson, que disparou um tubaço por cima do gol. O Galo teve mais um gol anulado aos 19 minutos, quando Juninho tabelou com Thiago Silva pela esquerda e, impedido, cruzou para o gol de Luciano Pintinho.

Aos 21 minutos, Marcelo Bonan se esticou todo para desviar a cabeçada de Guilherme. Aos 24, o arqueiro segurou o chute de Diogo Pituca. Aos 28, Régis Pitbull arriscou de fora da área e a bola passou perto da trave galista.

O volume de jogo da Matonense passou a preocupar os galistas. Era ataque contra defesa. Aos 31, Denner cruzou da direita e Romário escorou de cabeça para outra grande defesa de Bonan.

O time de Matão encurravala o Independente e aos 35 minutos, após jogada individual, o lateral Ronael tentou colocar no cantinho esquerdo e Bonan na ponta dos dedos evitou.

Foi então que Gaia decidiu retrancar sua equipe com a entrada do volante Renan na vaga de Dodô. A Matonense parou de criar boas oportunidades. Apenas aos 41 minutos, após falta cobrada por João Gabriel, o zagueiro William cabeceou por cima do gol.

Bonan ainda fechou com chave de ouro a sua belíssima atuação ao espalmar um voleio de Romário. Fim de jogo no Pradão e festa dos torcedores, que ao grito de "vamos subir Galo", aplaudiram os jogadores.

O sonho do acesso pode ser concretizado já na quarta-feira. Se Independente e Matonense vencerem seus jogos em casa, subirão para a A-2. O Galo recebe a Internacional, às 20h, no Pradão, enquanto o Rio Preto jogará em Matão.

Na classificação do grupo: 1) Independente e Matonense 7, 3) Rio Preto 5 e 4) Internacional 3.

Ficha Técnica

Independente 2 x 0 Matonense


Gols - Denner aos 3 do 1º tempo e Ygor aos 6 do 2º tempo (IND)
Local - Pradão
Árbitro - Leonardo Ferreira Lima
Auxiliares - Daniel Paulo Zioli e Leandro Mattos Feitosa
Público - 1.143 presentes
Renda - R$ 10.060,00
Independente - Marcelo Bonan; Fabiano, Denner, Xandão e Andrezinho; Alysson, Thiago Silva, Jordy Guerreiro (André) e Dodô (Renan); Ygor (Luciano Pintinho) e Juninho. Técnico - Álvaro Gaia.
Matonense - Cairo; Denner, Fabão, Diogo (William) e Ronael; Régis Pitbull, Jackson, Luís Mário (Guilherme) e João Gabriel; Romário e Ray (Diogo Pituca). Técnico - Carlos Rossi.
Ocorrências - cartões amarelos para Fabiano (3º), Xandão (3º), Jordy Guerreiro e Luciano Pintinho (IN); Fabão, Ronael, Régis Pitbull e Romário (M).

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Dairo marca duas vezes e Independente vence o dérbi


Quem não foi ao Limeirão ontem à noite perdeu talvez o melhor dérbi dos últimos tempos. Um jogo emocionante, cheio de lances de perigo, defesas sensacionais e três gols. Melhor para o Independente, que venceu o rival por 2 a 1, dois gols do artilheiro Dairo, diante de quase três mil pagantes.

O Independente não escondeu de ninguém a escalação. Entrou em campo com a mesma formação que empatou com o Rio Preto na estreia por 1 a 1, no Pradão. Já a Inter, sem o volante Ricardo suspenso, fez mistério até 10 minutos antes do jogo. Primeiro, Claudemir Peixoto escalou Paulo Krauss. Depois passou a escalação com o novato Léo Iseppe, mas entrou com Allan. Ninguém entendeu nada.

O primeiro lance de perigo foi aos 4 minutos, quando Rodney bateu cruzado pela direita e o goleiro Marcelo Bonan defendeu. No minuto seguinte a resposta galista com Juninho, que recebeu de Claytinho e chutou forte para uma grande defesa de Carlos Carioca.

O Independente não tinha medo do rival e jogava à vontade. Aos 8 minutos, Fabiano acionou Dairo na entrada da área e o chute forte foi novamente desviado por Carlos Carioca. Aos 9 foi a vez do volante Thiago Silva arriscar de longe e levar perigo à meta leonina.

A Inter demorou para acordar. Apenas aos 22 minutos, Jardel resvalou pelo alto e Chuck apareceu livre na grande área. A finalização foi defendida parcialmente por Marcelo Bonan, que no rebote ainda segurou o chute de Allan.

Luís Mário não vivia uma noite inspirada e foi facilmente anulado pela marcação galista. Nem nas bolas paradas o experiente meia de 37 anos levava perigo.

Até que aos 27 minutos, na escapada de Juninho pela esquerda, a bola foi levantada para a área. Fabiano ganhou da defesa no alto e o oportunista Dairo finalizou de primeira, sem chances para Carlos Carioca: Galo 1 a 0.

A Inter não se abateu e foi para cima. No cruzamento de Luís Mário, Jardel chutou em cima de Marcelo Bonan. Aos 29, Rodney bateu cruzado e novamente o goleiro galista espalmou. Era o nome do jogo.

Aos 33, a Inter perdeu a grande chance de empatar o jogo. Escanteio cobrado por Luís Mário e Cleberson, livre na pequena área, escorou para fora. Já aos 38, em um contra-ataque puxado pela esquerda, Dairo tabelou com Andrezinho e, da entrada da área, mandou por cima do gol.

A Inter voltou com Paulo Krauss no lugar de Allan para o segundo tempo. Já o Galo perdeu Claytinho machucado. Dodô entrou em seu lugar.

Aos 2 minutos, o zagueiro Denner levou a bola da defesa ao ataque. Na grande área o becão serviu Dodô, mas quem finalizou foi Dairo. Rodney inacreditavelmente salvou em cima da linha. Que lance.

A resposta leonina veio com Goiano, que tabelou com Luís Mário e cruzou rasteiro para Chuck, que perdeu um gol feito. Aos 6, Rodney fez fila na zaga galista, mas na hora do arremate foi atrapalhado por Jardel.

Mais Inter e aos 13, Rodney tentou de longe e quase empatou. A bola raspou a trave galista. Até que aos 15 minutos, bela troca de passes no ataque leonino. Chuck serviu Luís Mário pela direita. O meia apenas rolou de lado para o gol de Jardel: 1 a 1. Foi o 5º gol do goleador no campeonato.

Dava-se a impressão de que a Inter viraria facilmente. O Galo se retraiu e viu boas chances criadas por Luís Mário e Jardel. Aos 25, Cleber Luís cruzou da esquerda para Luís Mário e Marcelo Bonan praticou um milagre, evitando o segundo gol leonino.

Quando a Inter estava próxima da virada, foi surpreendida novamente. Aos 29 minutos, Dodô fez jogada individual na grande área e bateu cruzado. No meio do caminho a bola foi desviada pelo artilheiro Dairo, matando Carlos Carioca: 2 a 1. Foi o 11º gol do goleador na Série A-3. Imediatamente, parte da torcida leonina começou a deixar o Major Levy.

Logo em seguida Dairo sentiu a lesão antiga na coxa e foi substituído por André. O Galo se segurou até o fim. Ainda quase ampliou aos 38 minutos na falta cobrada por Dodô, que passou perto. Fim de jogo e muita confusão, em especial com Carlos Carioca, que partiu para a briga, porém foi contido.

Agora no retrospecto dos dérbis: 21 jogos, 8 vitórias da Inter, 6 empates e 7 vitórias do Galo. Foi a 3ª vitória seguida do Independente no Limeirão.

No outro jogo do grupo: Rio Preto 1 x 1 Matonense. Com a vitória do Independente, o Galo assume a liderança do quadrangular final com 4 pontos, mesma pontuação da Matonense. O Rio Preto tem 2 e a Inter 0. No sábado, às 19h, tem Inter x Rio Preto e no domingo, às 10h, Matonense x Independente.

Ficha Técnica

Internacional 1 x 2 Independente


Gols - Dairo aos 27 do 1ºT e aos 29 do 2ºT (IND); Jardel aos 15 do 2ºT (INT)
Local - Limeirão
Árbitro - Marcelo Prieto Alfiéri
Auxiliares - Claudenir Donizete Gonçalves da Silva e Alberto Poletto Masseira.
Público - 2.961 pagantes
Renda - R$ 34.270,00
Internacional - Carlos Carioca; Goiano (George), Júnior Goiano, Doni e Cleber Luís; Cleberson, Rodney, Allan (Paulo Krauss) e Luís Mário (Samuel); Jardel e Chuck. Técnico - Claudemir Peixoto.
Independente - Marcelo Bonan; Jackson, Denner, Xandão e Andrezinho; Alysson, Fabiano, Thiago Silva (Jordy Guerreiro) e Claytinho; Dairo (André) e Juninho. Técnico - Álvaro Gaia.
Ocorrências - cartões amarelos para Carlos Carioca (3º), Goiano, Cleber Luís (3º), Cleberson, Rodney e Luís Mário (3º) (INT); Marcelo Bonan, Denner, Alysson, Claytinho e Juninho (IND).

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Internacional e Independente fazem dérbi tenso hoje no Limeirão

Internacional e Independente fazem hoje o 21º dérbi da história, às 20h no Limeirão, pela segunda rodada do quadrangular final do Campeonato Paulista da Série A-3. Ouça o jogo pelos 1020 AM da Rádio Educadora, com Edmar Ferreira, João Valdir de Moraes e César Roberto. O comando é do dr Roberto Lucato.

Dos 20 dérbis anteriores, nenhum deles teve um clima de tanta tensão, apreensão e decisão como o desta noite, afinal de contas, trata-se da fase final da competição, onde os rivais brigam pelo tão sonhado acesso a Série A-2. Aquele que perder pode se complicar de vez.

Como os resultados da primeira rodada não foram considerados bons, o clássico limeirense ganhou tons de dramaticidade. Até o empate não é bom para ambos.

A Internacional, que perdeu na estreia em Matão por 2 a 1 no sábado, tem a chance de se recuperar, pois jogará duas partidas seguidas em casa, hoje diante do Independente e no sábado frente ao Rio Preto, às 19h. Se somar seis pontos, ganhará motivação e voltará a lutar por uma das vagas de acesso. Se não fizer a lição de casa, terá que reagir no returno, com dois jogos fora de casa, um deles no Pradão.

Em 10 jogos realizados no Major Levy, a Inter venceu quatro, empatou dois e perdeu quatro, um aproveitamento de 46,6%. Um detalhe preocupa o torcedor. Desses 10 jogos, em nove deles o Leão sofreu gol em casa. Só não foi vazado pelo Água Santa, na vitória por 1 a 0.

O time de Claudemir Peixoto venceu as últimas duas partidas no Limeirão: 5 x 1 no Noroeste e 2 x 1 no América.

Para o Independente, que apenas empatou com o Rio Preto por 1 a 1 domingo no Pradão, o objetivo é recuperar os pontos perdidos, mesmo jogando fora de casa. O torcedor galista sabe que sua equipe costuma atuar bem melhor como visitante.

Em nove jogos fora de casa, o Galo colecionou duas vitórias, quatro empates e três derrotas, um aproveitamento de 37%. Destes jogos, em apenas dois deles o alvinegro não balançou a rede, foram no empate diante do Taubaté (0 x 0) e na derrota para o Rio Preto (1 x 0).

Nos últimos dois jogos como visitante, o time de Vila Esteves venceu o Flamengo de Guarulhos, em São Paulo, por 2 a 0 e empatou com o Novorizontino, em Novo Horizonte, por 1 a 1.

Equipes

O Leão só não terá o volante Ricardo, expulso em Matão. Mesmo se não estivesse suspenso, o jogador dificilmente atuaria, pois em casa o técnico Claudemir Peixoto costuma utilizar o esquema tático 4-4-2. Desta forma, Thiaguinho e Paulo Krauss brigam por uma vaga no meio de campo.

O treinador continua reclamando da arbitragem de Maurício Antônio Fioretti em Matão. "Tivemos um pênalti não marcado em Jardel, um gol legal do Chuck que foi mal anulado e o gol da vitória da Matonense aos 42 minutos do 2º tempo estava impedido. Já prevíamos essa situação. A Matonense costuma vencer seus adversários sempre desta forma, no fim e com erros. O Coronel Marinho precisava tomar ciência do que aconteceu", lamentou.

No Galo, o técnico Álvaro Gaia deverá repetir a mesma formação do fim de semana. Mas o capitão Jordy Guerreiro, recuperado de contusão, pode aparecer como novidade. Se atuar, Fabiano ou Juninho correm o risco de perder a posição.

Os dois times se enfrentaram na fase de classificação e o Independente levou a melhor, vencendo no Limeirão por 1 a 0, gol de Negueba. O Galo não perdeu os últimos quatro dérbis: foram duas vitórias e dois empates.

Retrospecto

Internacional e Independente já se enfrentaram 20 vezes na história. Foram 18 jogos oficiais e dois amistosos (1983 e 1999).

O Leão tem o melhor retrospecto, com oito vitórias, contra seis do Galo. Foram outros seis empates. A Inter marcou 20 gols e o Independente, 19.

No Limeirão foram nove confrontos, com cinco vitórias leoninas, um empate e três resultados positivos para os galistas. O Leão marcou 12 gols e o Galo 9.

No Pradão foram 10 jogos, com três vitórias galistas, cinco empates e duas vitórias leoninas. O time da casa marcou 9 gols e o visitante, 6.

Ficha Técnica

Internacional x Independente

Internacional - Carlos Carioca; Diego, Júnior Goiano, Doni e Cleber Luís; Rodney, Cleberson, Paulo Krauss (Thiaguinho) e Luís Mário; Chuck e Jardel. Técnico - Claudemir Peixoto.
Independente - Marcelo Bonan; Jackson, Denner, Xandão e Andrezinho; Thiago Silva, Alysson, Fabiano e Claytinho; Juninho (Jordy Guerreiro) e Dairo. Técnico - Álvaro Gaia.
Árbitro - Marcelo Prieto Alfiéri
Auxiliares - Claudenir Donizete Gonçalves da Silva e Alberto Polleto Masseira.
Local - Limeirão, às 20h.

Todos os dérbis:

1) Independente 1 x 1 Internacional
Gols - Sérgio Moraes (INT) e Nestor (IND)
Local - Pradão, em 08/06/1975
Árbitro - Oscar Scolfaro
Público - 9 mil pagantes

2) Internacional 1 x 0 Independente
Gol - Sérgio Moraes (INT)
Local - Usina São João, em Araras, em 10/08/1975
Árbitro - José de Assis Aragão
Público - 5 mil pagantes

3) Internacional 0 x 0 Independente
Local - Pradão, em 07/11/1975
Árbitro - Milton Balerini Júnior
Público - 2 mil pagantes

4) Independente 2 x 0 Internacional
Gols - Nestor e Paulinho, contra, (IND)
Local - Pradão, em 14/11/1975
Árbitro - Alfredo Gomes
Público - 3 mil pagantes

5) Internacional 1 x 0 Independente
Gol - Benê (INT)
Local - Limeirão, em 29/08/1976
Árbitro - Paulo de Souza Arruda
Público - Não divulgado

6) Independente 0 x 0 Internacional
Local - Pradão, em 21/11/1976
Árbitro - Joel Teixeira Caires
Público - não divulgado

7) Independente 0 x 1 Internacional
Gol - Marquinhos Capivara (INT)
Local - Pradão, em 16/10/1977
Árbitro - Silvio Acácio Silveira
Público - 11 mil pagantes

8) Internacional 4 x 3 Independente
Gols - Marquinhos Capivara, Pedrinho (2) e Marquinhos Capivara (INT), Beto Badê (2) e Gazela (IND)
Local - Limeirão, em 04/12/1977
Árbitro - Joel Teixeira Caires
Público - 6 mil pagantes

9) Internacional 1 x 0 Independente
Gol - Caldeira (INT)
Local - Limeirão, em 09/04/1978
Árbitro - Silvio Acácio da Silveira
Público - 15 mil pagantes

10) Independente 2 x 1 Internacional
Gols - Stélio e Beto Badê (IND) e Nestor (INT)
Local - Pradão, em 11/06/1978
Público - não divulgado

11) Internacional 3 x 1 Independente
Gols - Paulinho, Nelson Borges e Gatãozinho (INT); Mirandinha (IND)
Local - Limeirão, em 20/04/1983
Árbitro - Pedro Inácio Filho
Público - 3.279 pagantes

12) Internacional 0 x 0 Independente
(em prol do garoto Rodolpho Roberto)
Local - Limeirão, em 14/04/1999
Árbitro - Flávio de Carvalho
Público - não divulgado

13) Independente 2 x 0 Internacional 
Gols - Mauro e Juninho (IND)
Local - Pradão, em 05/08/2007
Árbitro - Eduardo César Coronado Coelho
Público - 1.403 pagantes

14) Internacional 0 x 2 Independente
Gols - Vítor Hugo e Alê (IND)
Local - Limeirão, em 21/09/2007
Árbitro - Marcelo Krochmalnik
Público - 1.255 pagantes

15) Independente 0 x 1 Internacional
Gol - Dieguinho (INT)
Local - Pradão, em 12/06/2010
Árbitro - Vinícius Furlan
Público - não divulgado

16) Internacional 3 x 0 Independente
Gols - Fernando Russi, Lucas Lima e Renatinho (INT)
Local - Limeirão, em 01/08/2010
Árbitro - Leandro Camargo da Costa
Público - não divulgado

17) Internacional 0 x 2 Independente
Gols - Chalita e Bruno Morales (IND)
Local - Limeirão, em 12/02/2012
Árbitro - Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral
Público - 1.833 pagantes

18) Independente 2 x 2 Internacional
Gols - Bruno Ré e Giba (INT); Robinho e Márcio (IND)
Local - Pradão, em 03/03/2013
Árbitro - Leandro Bizzio Marinho
Público - 4 mil pagantes

19) Independente 1 x 1 Internacional
Gols - Alex Cambalhota (IND) e Doni (IN)
Local - Pradão, em 03/08/2013
Árbitro - Fábio de Jesus Volpato Mendes
Público - 1.062 pagantes

20) Internacional 0 x 1 Independente
Gol - Negueba (IND)
Local - Limeirão, em 15/02/2014
Árbitro - Cássio Luiz Zancopé
Público - 1.345 pagantes

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Independente só empata no Pradão na estreia da fase final da A-3

Não foi uma boa estreia. Mas também não foi das piores. Independente e Rio Preto ficaram no 1 a 1, ontem no Pradão, na abertura do quadrangular final do Campeonato Paulista da Série A-3. Foi o 9º empate do Galo em 20 jogos. Pelo mesmo grupo, Matonense 2 x 1 Internacional, sábado em Matão.

O primeiro tempo foi equilibrado e logo no primeiro minuto, Jackson, que voltava a atuar na ala-direita (sua posição de origem) tentou o arremate com uma bola que veio quicando na entrada da área, porém finalizou a esquerda do goleiro Washington.

A resposta do Rio Preto veio aos 8, quando Vitor Palito recebeu de Felipe Tchilé e bateu forte para uma defesa em dois tempos de Marcelo Bonan.

O Galo criou uma ótima oportunidade aos 9 minutos, quando o lateral Andrezinho, uma das novidades do alvinegro, cruzou na medida para Claytinho, que emendou de primeira, por cima do gol.

Dois minutos depois, novamente Claytinho teve a chance de abrir o placar. Ele recebeu de Dairo na grande área e pegou muito embaixo da bola, por cima do gol de Washington, que aliás, pouco trabalho teve na primeira etapa.

Quando o alvinegro estava próximo do gol, foi surpreendido. Na jogada ensaiada de escanteio pela esquerda, Rafael Hueda serviu Leandro Tanaka, que cruzou na cabeça de Tabarana. Livre de marcação e bem posicionado, o meia só teve o trabalho de deslocar o goleiro galista para fazer 1 a 0 para o Jacaré.

Um silêncio tomou conta do Pradão. Os gritos de "vamos subir Galo" deram espaço a apreensão. Mas o sofrimento do torcedor durou exatos nove minutos. Na tabela entre Juninho e Andrezinho na entrada da área, o zagueiro Éder Baiano puxou o atacante pela camisa. Pênalti bem marcado pelo árbitro Leandro Carvalho da Silva. Claytinho, que vinha de duas cobranças perfeitas contra Novorizontino e Guaçuano, cobrou novamente bem, sem chances para Washington: 1 a 1. Foi o 5º gol do meia em 30 jogos pelo Galo.

A torcida, composta de pouco mais de 800 pagantes, voltou a acreditar, porém mudou os gritos iniciais. Agora a bola da vez era: "vamos virar Galo". E por pouco isso não aconteceu aos 27 minutos, quando Claytinho levantou para Denner, que sozinho na grande área, chutou em cima de Washington, perdendo uma ótima oportunidade. Nesse lance, os dois jogadores levaram a pior e precisaram de atendimento médico.

O Galo fazia uma blitz no ataque e tinha como boa opção ofensiva as descidas de Andrezinho, eleito o melhor em campo. Aos 29, Xandão, bem ao seu estilo, soltou uma bomba da meia-esquerda. Se a bola não tivesse desviado na defesa do time de São José do Rio Preto, fatalmente entraria no ângulo.

Mas o Rio Preto, que vinha de três vitórias seguidas fora de casa por 1 a 0, não foi líder da primeira fase à toa. Em nova investida do velocista Cléo Silva pela direita, o cruzamento foi na cabeça de Felipe Tchilé, porém Marcelo Bonan fez boa intervenção.

Aos 45, novamente Marcelo Bonan foi exigido no chute de Felipe Tchilé. Bola espalmada para escanteio. Com o apito final, a torcida gostou do que viu e aplaudiu o empenho dos galistas.

Segunda Tempo

A etapa complementar foi perigosa. Os dois times tiveram a chance de sair com a vitória, porém o empate acabou sendo justo.

Aos 11 minutos, Rafael Hueda recebeu livre no ataque e tentou colocar no ângulo. Marcelo Bonan fez uma defesa para fotografia. Aos 16, o Rio Preto teve a melhor chance de marcar o segundo gol. Vitor Palito finalizou duas vezes seguidas na grande área e em ambas a defesa alvinegra se safou.

Com Dairo se arrastando em campo, ainda em razão da lesão na coxa que sofreu em Novo Horizonte, Álvaro Gaia insistia em manter o goleador em campo. Chegou a colocar Negueba no lugar de Juninho, para que a bola pudesse chegar com mais facilidade ao goleador. Mas isso não acontecia.

Não teve jeito. Até a torcida pedia pela saída de Dairo. Ele não tinha mais condição de prosseguir na partida e Luciano Pintinho foi para o jogo aos 19 minutos. Reconhecendo seu esforço, a torcida grito o nome do matador.

Aos 32 minutos, em falta cobrada por Lucas Newilton, Marcelo Bonan se esticou todo em seu canto direito para mandar a escanteio. O Rio Preto guardava seu artilheiro no banco de reservas.

Jean Carlos entrou nos dez minutos finais e de cara criou duas chances reais de gol. Na primeira aos 42, recebeu de Cléo Silva e mandou por cima do gol, com muito perigo. Já aos 44, ficou novamente de frente com Marcelo Bonan em um contra-ataque, porém exagerou na força, sem direção.

O Independente por pouco não saiu com a vitória aos 48 minutos, quando Luciano Pintinho entrou na área pela direita e bateu cruzado. Washington fez bela defesa. Fim de jogo no Pradão e agora as atenções se voltam para o dérbi da quarta-feira, às 20h, no Limeirão.

Ficha Técnica

Independente 1 x 1 Rio Preto


Gols - Tabarana aos 15 do 1ºT (RP) e Claytinho, de pênalti, aos 21 do 1ºT (IN)
Local - Pradão
Árbitro - Leandro Carvalho da Silva
Auxiliares - Vicente Romano Neto e Eduardo Vechi Marciano
Público - 803 pagantes
Renda - R$ 9.160,00
Independente - Marcelo Bonan; Jackson (Lutcho), Denner, Xandão e Andrezinho; Alysson, Fabiano, Thiago Silva e Claytinho; Dairo (Luciano Pintinho) e Juninho (Negueba). Técnico - Álvaro Gaia.
Rio Preto - Washington; Lucas Newilton, Éder Baiano, Diego Pedroso e Leandro Tanaka (Lucas Martins); Nildo, Tabarana, Rafael Hueda e Vitor Palito (Jean Carlos); Cléo Silva e Felipe Tchilé (Dieguinho). Técnico - Ito Roque.
Ocorrências - cartões amarelos para Denner (IN); Washington, Éder Baiano, Leandro Tanaka, Vitor Palito e Rafael Hueda (RP). 

Derrota em Matão quebra série invicta da Internacional na Série A-3

*** Por Roberto Lucato

Jogando em Matão, sáado à tarde, a Internacional conheceu sua primeira derrota quando estreou na fase decisiva do Campeonato Paulista da Série A-3.

O resultado colocou um ponto final a uma série de cinco vitórias consecutivas, e aumentou a responsabilidade do Leão em vencer clássico contra o Independente na próxima quarta-feira.

Mas o resultado final não refletiu o que se viu em campo. Jogando completa, a Veterana resistiu bem a esperada pressão da Matonense nos primeiros 15 minutos, quando uma autêntica blitz aconteceu.

Liderada pelo bom armador João Gabriel, os mandantes faziam variações de jogada com imensa facilidade mas, aos poucos, aconteceria o equilíbrio.

Jardel, isolado no ataque, somente recebeu um bom passe aos 18 minutos, quando foi deslocado pelo zagueiro Diogo dentro da área. O árbitro entendeu como lance normal e nada marcou.

Luis Mário, muito lento, demorou para encontrar seu espaço no gramado e, bem marcado, pouco produziu. Na verdade a equipe de Matão não demonstrava superioridade técnica, mas era um time absolutamente pilhado, correndo e marcando muito.

Ray, ex-atleta da Internacional, era o mais perigoso no sistema ofensivo, jogando como ponta-direta para realizar suas infiltrações. Deu muito trabalho ao lateral Cleber Luís, que não desapontou, bem como o meia Ricardo, dono de uma partida impecável.

O confronto seguia equilibrado até que, entre os 29 minutos o atacante Chuck fora deslocado no interior da área e, mais uma vez, o árbitro deu sequência no lance. A Matonense, na sequência, desperdiçou três cobranças de escanteios, sempre levantados por João Gabriel. Pelo alto, Júnior Goiano e Doni foram mais uma vez eficientes.

A última chance aconteceria aos 38 minutos, depois de Luís Mário tentou encobrir o goleiro Cairo. A bola bateu no travessão e Chuck recolheu o desvio, matou no peito e chutou forte, sem direção.
Demorando para retornar ao segundo tempo, a Inter entrou em campo liderada pelo treinador Caudemir Peixoto, que foi tirar satisfações com o árbitro Maurício Antonio Fioretti, que cumpria, de fato, uma jornada infeliz.

Chamando a presença da PM, ele decidiu pela expulsão do treinador. O jogo, portanto, começou tenso e logo aos cinco minutos aconteceria a abertura do placar. João Gabriel cobrou uma falta um pouco a frente da intermediária ofensiva da Matonense, de maneira até despretenciosa. O chute foi quase um recuo para Carlos Carioca que, mesmo assim, teve dificuldades em enxergar devido a quantidade de jogadores a sua frente. Quando percebeu, a bola estava entrando mansamente em seu canto esquerdo, mesmo sendo defensável.

A Inter não se abateu, ao contrário. Depois do gol a equipe demonstrou mais velocidade, perdendo uma boa chance aos 12 minutos. Chuck, quase na linha de fundo, recuou para Diego, que tocou de primeira para Ricardo, que se deslocava próximo da meia lua. Ao receber a bola ele percebeu a entrada de Cleber Luís e deu um tapa para o setor esquerdo. O lateral leonino, porém, colocou muita força no chute e a bola quase saiu do estádio.

Aos 15 novamente foi a vez da estrela de Chuck brlhar. O atacante alvinegro recebeu um lançamento de Luís Mário em perfeitas condições no interior da grande área. O goleiro Cairo saiu em busca da interceptação e cometeu falta no atacante. Pênalti. Jardel ajeitou a bola com tranquilidade e, na hora do arremate, bateu colocado, canto esquerdo do goleiro para empatar a partida.

A Matonense sentiu e passou a jogar mais recuada, mas a Inter não soube explorar a superioridade momentânea. Luís Mário deixaria o gramado aos 22, entrando em seu lugar Goiano, mas desta feita não conseguiu ser agressivo.

Nitidamente a equipe limeirense passou a administrar o resultado, porém dava espaços na intermediária. Ceberson parecia cansado e seu companheiro Rodney teve trabalho redobrado. Por sinal, aos 38 minutos, Rodney experimentou uma bomba de fora da área, tirando tinta do poste direito de Cairo.

Mas ninguém queria se arriscar, porém um lance chamou a atenção pouco antes do gol de desempate. João Gabriel passeou entre os volantes leoninos e só não conseguiu entrar na área porque decidiu chutar, levando perigo a meta de Carioca.

Um sinal que deveria haver a recomposição do esquema, mas isso não ocorreu e o castigo chegou aos 42 minutos. Depois de uma rápida triangulação no ataque da Matonense a bola, de pe em pé, chegou até Júlio César, que entrou na etapa final. Com muita felicidade ele chutou forte, no interior da área, para dar números finais ao espetáculo.

Os atacantes Alex Lima e Osmar ainda entraram nos minutos finais, mas desperdiçaram duas oportunidades de empate. Resultado injusto, porém, faz parte do futebol. Nem sempre o melhor é premiado com a vitória e agora a Internacional se concentra no dérbi, em que não terá Ricardo, expulso no final do jogo.

Ficha Técnica

Matonense 2 x 1 Internacional


Gols - João Gabriel aos 5 e Júlio César aos 42 do 2ºT (M); Jardel, de pênalti, aos 16 do 2ºT (IN)
Local - Estádio Hudson Buck Ferreira, em Matão
Árbitro - Maurício Antonio Fioretti
Auxiliares - Marco Antonio de Motta Júnior e Edson Rodrigues dos Santos
Público - 2.524 pagantes
Renda - R$ 20.887,00
Matonense - Cairo; Denner, Fabão, Diogo (Vágner) e Ronael; Eduardo, Romário, Jackson (Willian) e João Gabriel; Thauan (Júlio Cesar) e Ray. Técnico - Carlos Rossi.
Internacional - Carlos Carioca; Diego (Osmar), Júnior Goiano, Doni e Cleber Luís; Cleberson, Rodney, Ricardo e Luís Mário (Goiano); Jardel (Alex Lima) e Chuck. Técnico - Claudemir Peixoto.
Ocorrências - cartão vermelho para Ricardo (IN).

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Claudemir Peixoto mantém Inter com três volantes fora de casa

A Internacional está escalada e definida para a estreia do quadrangular final do Campeonato Paulista da Série A-3, amanhã às 16h, contra a Matonense, no Estádio Hudson Buck Ferreira, em Matão. Ouça o jogo pelos 1020 AM da Rádio Educadora, com Jorge Neves, Dr Roberto Lucato e João Valdir de Moraes.

O Leão vem de cinco vitórias consecutivas, feito que não acontecia desde a Segundona de 2010. Também venceu os quatro últimos jogos como visitante, igualando o feito do time de 1988, campeão brasileiro da Série B. Se vencer amanhã, esse elenco entrará para a história como sendo o primeiro a conseguir cinco resultados positivos seguidamente como visitante em 100 anos de existência da Veterana.

Na fase de classificação a Matonense, até então comandada pelo técnico Betão Alcântara, surpreendeu e venceu em pleno Limeirão por 2 a 0, dois gols do atacante Thauan. Vale lembrar que o último confronto entre as equipes em Matão aconteceu na Série A-2 de 2004. O Leão venceu por 2 a 0, gols de Brenner e Lê.

Em relação a equipe que venceu o rebaixado América por 2 a 1, domingo passado no Major Levy, serão 11 novidades, afinal de contas, os jogadores reservas é que atuaram na última rodada da fase de classificação.

O lateral Goiano e o volante Ricardo cumpriram a suspensão automática e estão de volta. O volante Cleberson foi liberado pelo Departamento Médico e também retorna. O goleiro Carlos Carioca e o meia Luís Mário começam a fase decisiva pendurados. Já o meia Thiaguinho é o único suspenso, com três amarelos.

A Inter está definida com: Carlos Carioca; Diego, Júnior Goiano, Doni e Cleber Luís; Cleberson, Rodney, Ricardo e Luís Mário; Chuck e Jardel. O treinador leonino tem boas opções para o banco de reservas, casos de Goiano, Paulo Krauss, Samuel e Osmar, que podem entrar na segunda etapa.

Matonense

O técnico Carlos Rossi não poderá contar com o zagueiro Carlinhos, que pegou dois jogos de suspensão, o ala direito Júlio Lopes e o meia Luís Mário, que foram expulsos na vitória por 2 a 0 contra o Flamengo, na última rodada. Em compensação o goleiro Caíro, o zagueiro Fabão e o atacante Romário retornam a equipe.

A Matonense está confirmada com: Cairo; Denner, Fabão, Diogo e Ronael; Régis Pitbul, Daniel, Diego Pituca e João Gabriel; Thauan e Romário.

Palestra

Os atletas e a comissão técnica da Internacional participaram de uma palestra ministrada pelo Dr. Julio Cesar Pereira dos Santos, diretor médico do clube. Com a chegada da segunda fase, começam a ser aplicados os exames antidoping e, por esse motivo, a direção da Inter decidiu realizar a palestra, afim de orientar e tirar possíveis dúvidas dos atletas.

De forma bastante descontraída, levando alegria e bom humor aos jogadores, Dr. Julio falou por cerca de 30 minutos e enfatizou bastante a importância que se tem em informar o departamento médico sobre todos os medicamentos consumidos pelos atletas.

Orientou a todos do elenco sobre quais as medidas a serem tomadas e, para ilustrar suas colocações, usou casos recentes de jogadores famosos que foram flagrados no exame antidoping.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Rio Preto, adversário do Independente, venceu últimos três jogos como visitante

O Independente precisa tomar muito cuidado no domingo, na abertura do quadrangular final do Campeonato Paulista da Série A-3. O Rio Preto, seu adversário das 10h no Pradão, venceu os últimos três jogos como visitante pelo placar de 1 a 0.

O time de São José do Rio Preto bateu a Internacional, no Limeirão, o Flamengo de Guarulhos, no Nicolau Alayon, em São Paulo e o Água Santa, em Diadema, todos pelo placar mínimo.

Em nove jogos como visitante nesta A-3, o time comandado pelo técnico Ito Roque venceu cinco, empatou dois e perdeu apenas duas vezes, para Novorizontino (1 x 0) e São Carlos (2 x 0). O time só não marcou gol fora de casa exatamente nessas duas derrotas.

O Rio Preto fez a melhor campanha da fase de classificação com 40 pontos ganhos, tendo um aproveitamento de 70,2%. Foram 19 jogos, com 12 vitórias (uma delas diante do próprio Independente por 1 a 0, gol de Jean Carlos), 4 empates e apenas 3 derrotas. Seu ataque marcou 38 gols, 14 a mais do que o Independente. Já sua defesa sofreu 24 gols, 6 a mais do que o Galo.

O Jacaré não perde há quatro rodadas. A última derrota foi para o São José, no Anísio Haddad, por 1 a 0. De lá para cá o time de São José do Rio Preto empatou com o Votuporanguense por 3 a 3, em casa, venceu Flamengo de Guarulhos e Água Santa por 1 a 0, fora de casa, e derrotou o Tupã, na última rodada, por 3 a 0, em casa.

Rio Preto como visitante:


1 x 1 Guaçuano
0 x 1 Novorizontino
3 x 3 Juventus
3 x 2 Santacruzense
4 x 2 Noroeste
0 x 2 São Carlos
1 x 0 Internacional
1 x 0 Flamengo
1 x 0 Água Santa

terça-feira, 15 de abril de 2014

Pela 1ª vez, Independente de Álvaro Gaia vence por três gols de diferença

Um Independente econômico, porém objetivo. Nos 62 jogos de Álvaro Gaia no comando do Galo, nenhuma goleada foi registrada. E olha que o alvinegro se classificou pela segunda vez consecutiva para o quadrangular final da Série A-3.

Para se ter uma idéia, o resultado positivo sobre o rebaixado Guaçuano por 3 a 0, domingo no Pradão pela última rodada da fase de classificação do Campeonato Paulista da Série A-3, foi a maior vitória do alvinegro nas mãos do atual treinador. "Eu tenho culpa que meus atacantes perdem vários gols? Chances nós criamos sempre", comentou.

Em 62 jogos, o Independente de Álvaro Gaia venceu 23, empatou 23 e perdeu 16. Seu ataque marcou 76 gols e sua defesa sofreu 66, saldo de 10 gols. Ou seja, dos 186 pontos possíveis, o treinador conquistou 92, um aproveitamento de 49,4%.

Das 23 vitórias de Gaia, 16 foram no Pradão e 7 fora de casa. Por oito vezes a vitória foi por 1 a 0. Por sete vezes o Independente venceu por 2 a 0. O placar de 2 a 1 em favor do alvinegro se repetiu cinco vezes. Em apenas uma ocasião o Galo venceu por 3 a 0, 3 a 1 e 3 x 2.

Outra marca do atual técnico é que ele ainda não conseguiu três vitórias seguidas no comando do alvinegro. No fim de semana o Galo estreia no quadrangular final diante do Rio Preto, no Pradão.

Vitórias de Álvaro Gaia

30/01/2013 - Guaçuano 0 x 1 Independente
07/02/2013 - Independente 2 x 0 Francana
20/02/2013 - Independente 3 x 1 Novorizontino
28/02/2013 - Independente 1 x 0 São Vicente
17/03/2013 - Independente 2 x 0 Taubaté
23/03/2013 - Sertãozinho 0 x 1 Independente
30/03/2013 - União de Araras 2 x 3 Independente
07/04/2013 - Independente 2 x 0 Palmeiras B
21/04/2013 - Independente 2 x 1 Flamengo
27/07/2013 - Independente 2 x 1 XV de Piracicaba
17/08/2013 - Independente 1 x 0 Sertãozinho
24/08/2013 - Comercial 0 x 1 Independente
31/08/2013 - XV de Piracicaba 0 x 1 Independente
04/09/2013 - Independente 1 x 0 São Carlos
21/09/2013 - Independente 2 x 1 Mirassol
09/10/2013 - Independente 2 x 0 São Bernardo
06/02/2014 - Independente 2 x 1 Tupã
12/02/2014 - Independente 2 x 1 Juventus
15/02/2014 - Internacional 0 x 1 Independente
07/03/2014 - Independente 2 x 0 Noroeste
22/03/2014 - Independente 2 x 0 Santacruzense
26/03/2014 - Flamengo 0 x 2 Independente
13/04/2014 - Independente 3 x 0 Guaçuano

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Mesmo com onze reservas, Inter vence América no Limeirão


*** Por Naldo Dias

A Internacional despediu-se da fase de classificação do Campeonato Paulista da Série A-3 vencendo o América de São José do Rio Preto por 2 a 1, ontem pela manhã no Limeirão.

A equipe do técnico Claudemir Peixoto, com uma rodada de antecedência, garantiu-se na sequência do campeonato, ao contrário do adversário, que veio a Limeira já rebaixado para a Segundona do ano que vem.

Desta forma, o jogo tornou-se um simples amistoso para ambos. Para poupar os jogadores considerados titulares, o treinador leonino optou em colocar em campo uma equipe totalmente diferente daquela que atuou os últimos jogos.

Do lado adversário, Play Freitas manteve parte da base que jogou quase todo campeonato. O time vermelho e branco estava com sérios problemas de ordem financeira, com salários atrasados e rebaixado. A crise que ronda o América se estendeu antes do jogo, no vestiário, quando ocorreu uma briga entre um dirigente e um funcionário. Os ânimos foram contidos para evitar outros problemas.

Em campo pouco futebol, principalmente no primeiro tempo. O desentrosamento no time leonino era nítido. Tanto que a primeira oportunidade de gol criada pelo time limeirense ocorreu apenas aos 17 minutos, e foi de bola parada, onde o meia Thiaguinho bateu para a linha de fundo.

Na sequência, a resposta do América com o atacante Naldinho, que bateu cruzado, mas sem perigo. O futebol de pouca qualidade passou a irritar o pequeno público que compareceu ao Major Levy.

Outro lance de perigo criado pela Veterana ocorreu aos 25 minutos. E foi novamente de bola parada. Outra vez Thiaguinho tentou, mas o goleiro Otávio evitou o gol alvinegro.

Logo em seguida, por contusão, o meia Bruno Sá, que iniciou a partida improvisado na lateral-direita, foi substituído por Paulinho.

Mas dentro das quatro linhas a morosidade das equipes traduzia o fraco futebol que era apresentando no Limeirão. Alguns lances de pouco perigo ocorreram no primeiro tempo. E o marcador, em branco, foi o reflexo do futebol apresentado pelos dois times.

Os gols aconteceram no segundo tempo. E foi o América que tentou o primeiro gol no início da etapa final. O bom atacante Naldinho chegou com perigo ao gol de Nunes.

Aos 12 minutos foi a vez da Internacional. Samuel iniciou a jogada e cruzou para Paulo Krauss, que arrematou com perigo. O meia foi substituído logo em seguida pelo atacante Dodô. O jogador oriundo da base deu mais consistência ao setor ofensivo.

Sendo assim, a Inter passou a ser mais presente ofensivamente. Tanto que aos 23 minutos ocorreu o gol do Leão da Paulista. O atacante Samuel encarregou-se de abrir o marcador para a Veterana.

Após o gol, a partida ficou mais interessante. O América, sem compromisso em termos de resultados, partiu em busca do empate. E aos 36 minutos, Fabrício, que entrou na segunda etapa no lugar de Mateus, empatou para o time da cidade de Rio Preto, 1 a 1.

Mas aos 41 minutos, Dodô acreditou em uma jogada e aproveitou-se do vacilo do zagueiro Paulo. Na passagem o novato foi derrubado pelo defensor americano. Pênalti bem marcado pelo árbitro José Paulo Canalle. O centroavante Osmar, ex-Palmeiras, encarregou-se da cobrança para marcar o segundo da Internacional e garantir a décima vitória do Leão no Campeonato Paulista da Série A-3, a quinta consecutiva.

Com o passaporte carimbado para a sequência do campeonato, a Inter retorna aos treinamentos amanhã. Para a segunda fase da A-3, a Internacional enfrentará as equipes do Independente, Rio Preto e Matonense. A estreia do Leão da Paulista será fora de Limeira, diante da Matonense.

Ficha Técnica

Internacional 2 x 1 América

Gols - Samuel aos 23 e Osmar, de pênalti, aos 41 minutos do 2º tempo (IN); Fabrício aos 36 minutos do 2º tempo (A)
Local - Limeirão
Árbitro - José Paulo Canalle
Assistentes - João Guilherme Lopes e Adilson Roberto de Oliveira.
Internacional - Nunes; Bruno Sá (Paulinho), Misael, Paulão e George; Cesinha (Mateus Garcia), Léo Izeppe, Thiaguinho e Paulo Krauss (Dodô); Samuel e Osmar. Técnico - Claudemir Peixoto.
América - Otávio; Murilo, Jean, Paulo e Cleidson; Cassio, Mateus(Fabrício), Adoniran (Bruno) e Pilo; Jales (Anderson) e Naldinho. Técnico - Play Freitas.
Ocorrências - cartões amarelos para Léo Izeppe e Thiaguinho (IN); Jean, Adoniran e Naldinho (AM).

Em tarde de Claytinho, Independente vence Guaçuano e garante classificação


*** Foto da comemoração do gol de Xandão, o segundo do Galo

Pelo segundo ano consecutivo o Independente disputará o acesso para a Série A-2 do Campeonato Paulista. Ontem pela manhã no Pradão, diante de apenas 756 pagantes - a diretoria esperava muito mais - o Galo derrotou o lanterna Guaçuano por 3 a 0 e ficou com a oitava vaga da fase de classificação. Seus adversários da próxima fase serão a rival Internacional, o líder Rio Preto e a perigosa Matonense.

O Mandi veio a Limeira com muitos problemas. Após ser rebaixada para a Segundona, vários jogadores foram dispensados. Para se ter uma idéia, o técnico Jura, ex-lateral da Inter e do São Paulo, contava com apenas três jogadores no banco de reservas.

Mas existia a informação do tal "incentivo extra" de times que estariam de olho no tropeço do Independente para que o Guaçuano aprontasse no Pradão. Mas o Galo dependia apenas de suas forças para avançar e convenhamos, tinha muito mais time. Bastava vencer o seu jogo.

Sem contar com o artilheiro Dairo lesionado, o técnico Álvaro Gaia colocou Luciano Pintinho e Juninho no ataque. Já o volante Fabiano foi improvisado novamente na ala-direita, uma vez que o time contava com o retorno do bom Thiago Silva. Já Jackson mudou de lado e foi jogar na ala-esquerda.

O começo do jogo foi preocupante. O Independente tomou alguns sustos do Guaçuano, que tinha entre os destaques o bom meia limeirense Guilherme. Com vontade de mostrar futebol, o "jogador da terrinha" arriscou três finalizações de fora da área, mas nenhuma que levasse perigo ao gol de Marcelo Bonan.

Aos 7 minutos, o centroavante Peu adentrou a área e soltou um tiro forte por cima do gol. A torcida galista cobrava mais empenho de seus jogadores, que pareciam sonolentos em campo, a ponto do comentarista João Valdir de Moraes dizer aos microfones dos 1020 AM que parecia que o adversário galista é quem estava jogando pela classificação.

O Independente demorou para acordar. Aos 11 minutos, Bruno Lopes, uma das novidades do alvinegro na partida, fez um passe primoroso para Luciano Pintinho, que saiu na cara do gol. O atacante bateu forte e o goleiro Vinícius deu rebote. Juninho concluiu em seguida e o zagueiro Claúdio Ramos salvou quase em cima da linha.

Era o que precisava para torcida galista tornar-se o 12º jogador em campo. Até que aos 17 minutos, Luciano Pintinho acreditou em uma jogada de linha de fundo pela esquerda e cruzou para a área. Fabiano dominou e rolou para trás, para o chute certeiro de Claytinho, no canto direito de Vinícius: 1 a 0. E que golaço.

O gol tranquilizou os galistas e deixou os contra-ataques mais abertos. Aos 30 minutos, bela jogada de Bruno Lopes pela esquerda. No cruzamento rasteiro, Fabiano tentou o gol e Cássio, em cima da linha, salvou o Mandi de sofrer o segundo gol.

O Independente tinha o controle da partida, porém o Guaçuano não se entregava. Samuel e Filipinho faziam boas tramas pela direita. O jogo ainda era perigoso. Adversários como Flamengo de Guarulhos, Taubaté e Votuporanguense estavam de olho no placar do Pradão.

Mas aos 39 minutos o Galo praticamente garantiu sua classificação. No escanteio cobrado por Jackson pela esquerda, o zagueiro Xandão pegou de primeira. Tiro forte e rasante, sem chances para Vinícius: 2 a 0. Na comemoração, o becão, que marcou seu primeiro gol no Pradão (foram outros dois fora de casa) colocou a bola por baixo da camisa e levou o dedo a boca. Ele será papai e homenageou a esposa presente ao estádio. O jogador é um dos ídolos da torcida.

Segundo Tempo

O Independente voltou com Lutcho no lugar de Luciano Pintinho para a etapa complementar. Logo no primeiro minuto, o zagueiro Juninho, do Guaçuano, cobrou uma falta frontal e o goleiro Marcelo Bonan se esticou todo para desviar a escanteio.

Até que aos 11 minutos, a torcida galista vribou pela terceira vez. Na assistência de Claytinho, Juninho adentrou a área e foi agarrado pelo seu xará. Pênalti bem marcado pelo árbitro Carlos Roberto dos Santos Júnior. Claytinho cobrou com estilo. Bola num canto e goleiro no outro, 3 a 0. Foi o quinto gol de Claytinho com a camisa do Galo em 29 partidas.

A partir desse momento, o jogo virou um simples amistoso, ou melhor, uma verdadeira "pelada". Aos 16 minutos o Independente teve um gol anulado. No cruzamento de Juninho pela direita, Lutcho marcou um bonito gol de cabeça, mas estava impedido.

No minuto seguinte o Guaçuano perdeu sua melhor oportunidade na partida. A bola sobrou livre para Filipinho na grande área. Cara-a-cara com Marcelo Bonan o lateral conseguiu chutar a bola no viaduto. Inacreditavelmente.

O time de Mogi Guaçu queria pelo menos o gol de honra e quase conseguiu aos 23 minutos com Peu. Novamente Marcelo Bonan evitou.

Estava fácil até demais golear, mas o Independente não sabia aproveitar as chances que apareciam a quase todo contragolpe. Aos 35 minutos, Claytinho fez um passe preciso para Jackson na grande área. O chute cruzado foi defendido de forma espetacular por Vinícius.

Com a entrada de Dodô no lugar de Bruno Lopes, a equipe limeirense passou a criar mais situações. Aos 38, ele recebeu um lindo passe de Juninho e saiu sozinho na cara do gol. Dodô tentou o canto, mas o goleiro do Mandi praticou um milagre.

A cada gol na rodada os grupos da segunda fase iam mudando. A Rádio Educadora, com toda equipe de esportes da Gazeta de Limeira, comandada pelo dr Roberto Lucato, informava minuto a minuto a composição dos mesmos. Poucos queriam os dérbis.

Nos minutos finais o Independente tirou o pé do acelerador e deixou o tempo passar. Após o apito final, pouca comemoração, afinal de contas, nem o mais pessimista de todos apostava em uma tragédia no Pradão.

O Conselho Arbitral da fase final da A-3 acontece hoje, às 11h30. Uma coisa é certa. A estreia do Galo será contra o Rio Preto, no Pradão. Na segunda rodada o alvinegro visitará a rival Internacional, no Limeirão.

Ficha Técnica

Independente 3 x 0 Guaçuano


Gols - Claytinho aos 17 e Xandão aos 39 do 1º tempo e Claytinho, de pênalti, aos 13 do 2º tempo (IN)
Local - Pradão
Árbitro - Carlos Roberto dos Santos Júnior
Auxiliares - Adailton Alberto de Souza e Adriano Stange
Público - 756 pagantes
Renda - R$ 8.460,00
Independente - Marcelo Bonan; Fabiano, Denner (André), Xandão e Jackson; Alysson, Thiago Silva, Bruno Lopes (Dodô) e Claytinho; Juninho e Luciano Pintinho (Lutcho). Técnico - Álvaro Gaia.
Guaçuano - Vinícius; Filipinho, Juninho, Cláudio Ramos (Caio) e Cássio; Rogério Baiano, Guilherme (Rafael), Thiago Rogério (Iago) e Gui; Peu e Samuel. Técnico - Jura.
Ocorrências - cartões amarelos para Lutcho (IN) e Juninho (G). 

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Claudemir Peixoto treina Inter com onze reservas para jogo de domingo

No coletivo realizado ontem no Limeirão, o técnico Claudemir Peixoto deu mostras de que realmente colocará um time reserva em campo no próximo domingo, quando a Inter encerrará sua participação na fase de classificação do Campeonato Paulista da Série A-3 diante do já rebaixado América, às 10h, no Limeirão.

Sem poder contar com o volante Ricardo e o polivalente Goiano, suspensos pelo terceiro cartão amarelo, Peixoto decidiu preservar o goleiro Carlos Carioca e o meia Luís Mário, que estão pendurados com dois cartões amarelos. Já o volante Cleberson segue entregue ao departamento médico.

Além desses titulares, Doni, Diego, Júnior Goiano, Rodney, Chuck e Jardel também podem receber um merecido descanso, já visando o quadrangular final.

O time titular que treinou ontem contou com: Nunes; Bruno Sá, Misael, Paulão e George; Cesinha, Léo, Thiaguinho e Paulo Krauss; Samuel e Osmar. Em caso de vitória, a Inter confirma o G-4 e decide o último jogo da segunda fase no Limeirão.

Todos os reservas usarão a partida para mostrar ao técnico Claudemir Peixoto que podem atuar como titular na fase decisiva da A-3. Um deles é o meia Paulo Krauss, revelado pelo São Paulo, que sofreu uma lesão logo em sua estreia pelo leão, na derrota para a Matonense por 2 a 0. De lá para cá não atuou mais.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Independente cede empate no fim, mas segue no G-8 da Série A-3


*** Por Denis Suidedos

Eletrizante. Esta única palavra define bem o que foi o empate entre Novorizontino e Independente, por 1 a 1, no estádio Dr. Jorge Ismael De Biasi, em Novo Horizonte.

Apesar de todos os problemas que envolveram os 90 minutos de embate, a derrota do Votuporanguense na manhã de ontem, para o Flamengo de Guarulhos por 2 a 1, coloca o Galo da Vila com chances reais de classificação, pois terminou a rodada em 8º e agora recebe o lanterna Guaçuano na última rodada onde dependerá apenas de suas forças para conquistar a vaga.

A partida começou com uma ótima notícia para o Independente. Melhor jogador do Novorizontino, Pereira, estava fora do confronto. Sendo assim, todas as atenções foram voltadas para o atacante Anderson Cavalo que, de fato, deu muito trabalho para a defesa galista. No sistema tático, Álvaro Gaia optou pelo tradicional esquema 4-4-2, mas diferentemente da última oportunidade, quando empatou com o Cotia em 2 a 2, na noite do último sábado a decisão foi de escalar dois meia, Dodô e Claytinho.

O alvinegro teve dificuldades no início da partida. Tanto pela direita quanto pela esquerda, Cavalo era rápido, forte e finalizava constantemente. O Tigre era melhor na partida, mas por outro lado, oferecia a opção do contra-ataque ao Independente que, por sua vez, chegava com perigo apenas nas bolas que eram conduzidas pelo chão. Pelo alto, a defesa adversária afastava todas.

Porém, aos 34 minutos, o tom da partida mudou. Em jogada próxima ao banco de reservas do Novorizontino, Allysson perdeu a bola e, na arrancada de Anderson Cavalo, Tiago Índio cometeu a falta, num carrinho desproporcional e foi expulso. Deste lance em diante, foi praticamente um jogo de ataque contra defesa. Se tivéssemos os números de posse de bola, certamente o Tigre bateria a casa dos 80%.

Mesmo com um a menos, num dos raros contra-ataques, Dairo, Claytinho e Fabiano conseguiram segurar a bola no sistema ofensivo, até para gastar o tempo como poderiam. Eis que numa bola dominada dentro da área por Fabiano, de costas pro gol, recebeu a carga de Da Silva e o árbitro Mateus Pulini marcou a penalidade máxima. Na cobrança, após trocar ideia com Dairo, Claytinho teve categoria e tranquilidade para abrir o marcador aos 44 da primeira etapa, 1 a 0.

Segundo Tempo

Nos últimos 45 minutos o panorama foi o mesmo. Com um a menos em campo, esquema tático não existia mais e toda a equipe jogava na voluntariedade para manter o resultado positivo que era importante. Em os marcadores, somente Dairo se posicionava próximo ao meio de campo, na busca de encaixar um contra-ataque e matar o resultado.

Eis que exatamente desta forma, pela esquerda do ataque, o número nove galista foi lançado e, no pique, sentiu lesão na parte posterior da coxa direita. Ainda no gramado, com dores, disse que o estiramento foi grave, pois "abriu tudo" e existe até a possibilidade de que, constatada a lesão nos exames que serão realizados hoje, o artilheiro possa desfalcar o Galo na sequência da competição.

As bolas cruzadas eram uma tortura a parte. Somada a algumas saídas erradas de Geison, o homem a menos em campo dificultou demais para a equipe do presidente Lucas Moraes, que assistiu o confronto das arquibancadas, ao lado de sua torcida. Mais de 2.000 pessoas na esperança do empate que não vinha.

Por outro lado, Negueba, que entrou no lugar de Dairo, pouco pode fazer. Na verdade, não tinha o inventar, pois a pressão era grande e a marcação, além da doação dentro de campo, era peça fundamental para o sucesso. Do outro lado, Yuri, praticamente não viu a cor da bola durante toda a etapa final. O Tigre ainda reclamou de um possível pênalti não marcado, em bola que, na visão dos jogadores, bateu no braço do zagueiro Xandão, dentro da área. No bate-boca com o quarto árbitro, Álvaro Gaia foi novamente expulso de campo.

Até que aos 44 do segundo tempo, exatamente nos mesmos minutos que o Independente houvera marcado na primeira etapa, Mateus Pulini marca falta de Allysson sobre Guilherme Queiroz, contestada por muitos, mas confirmada pelo árbitro. Aparentemente, sem perigo, pois não era tão perto da grande área. O aparentemente ficou só na teoria pois na cobrança de Fagner, Geison demorou a ir à bola e só enxergou quando estava no fundo das redes, 1 a 1.

Alguns jogadores do Independente, principalmente Claytinho, bateram boca com o arqueiro, mas o empate já estava sacramentado. O leitor terá a possibilidade de ver o lance e assim tirar suas conclusões na edição de hoje do Segunda Esportiva, que vai ao ar pela tevê Jornal, às 20h30, com a apresentação do Dr. Roberto Lucato.

Um detalhe que vale registro, até porque não é sempre que acontece, foi a integração entre as duas torcidas. Além de realizar um churrasco, também se juntaram nas faixas com as duas torcidas organizadas lado a lado. No término da rodada o Independente ficou em oitavo, com 26 pontos e numa soma mais simples, garantirá sua classificação para próxima fase com uma vitória sobre o Guaçuano no próximo domingo, às 10h, no Pradão.

Ficha Técnica

Novorizontino 1 x 1 Independente


Gols - Claytinho aos 44 minutos do 1º tempo (IND); Fagner aos 44 minutos do 2º tempo (NOV)
Independente - Geison; Jackson, Denner, Tiago Índio e Xandão; Allysson, Fabiano, Claytinho e Dodô (Thyego); Dairo (Negueba) e Lucas Xavier (Renan). Técnico: Álvaro Gaia
Novorizontino - Yuri; Israel, Guilherme, Da Silva e Renan; Deda, Pedrão (Guilherme Queiroz), Fagner e Romarinho (Djalma); Diogo (Thiago Santos) e Anderson Cavalo. Técnico: Guilherme Alves
Árbitro - Mateus Pulini
Auxiliares - Fausto Augusto Viana Moretti e Fabio Rogério Baesteiro
Cartões amarelos - Anderson Cavalo, Guilherme Teixeira, Renan e Deda (NOV); Dodô, Fabiano, Renan e Jackson (IND)
Cartão vermelho - Tiago Índio
Público - 2.261
Renda - R$ 26.680
Local - Dr. Jorge Ismael de Biase, em Novo Horizonte.

*** Foto - Fernando Carvalho

domingo, 6 de abril de 2014

Após a chegada de Luís Mário, Inter venceu três partidas seguidas na A-3


Um líder por excelência. O meia Luís Mário, de 37 anos (01/11/1976), mudou o ambiente da Internacional da água para o vinho. Sua chegada fez o Leão sonhar novamente com a Série A-2. Hoje a realidade no clube é outra e a confiança é a palavra chave. 

Desde sua estreia em Sertãozinho, foram três vitórias consecutivas da Veterana (1 x 0 Sertãozinho, 5 x 1 Noroeste e 2 x 0 Juventus) que recolocaram a equipe limeirense novamente no G-8, grupo dos classificados para a próxima fase do Campeonato Paulista da Série A-3.

E apesar de atuar em apenas três partidas, nenhuma completa, Luís Mário já é o vice-artilheiro da equipe com dois gols, atrás de Cleber Luís e Chuck, que balançaram as redes três vezes.

Filho dos flamenguistas Jair Brito e Iná Miranda da Silva, Luís Mário tem dois irmãos, João Luís de 32 anos, professor de educação física e Luciana, de 26 anos.

Em sua vitoriosa carreira vestiu as camisas de Remo, Mogi Mirim, Corinthians, Grêmio, Anyang LG Cheetahs da Coréia do Sul, Coritiba, Vitória de Guimarães de Portugal, Atlético/MG, Ponte Preta, Botafogo/RJ, Gallen da Suíça, Paysandu, Criciúma, ASA, Macaé, Bragantino, Catanduvense, Rio Branco e Icasa.

Pingue-Pongue com Luís Mário:

Painel - Você esperava chegar, estrear e ganhar três partidas seguidas na Inter?

Luís Mário - Melhor impossível né? Nosso time tem qualidade e vai brigar para subir. Quando o Osmar Cetim me convidou para defender a Inter, ele explicou que não queria só um jogador, mais sim alguém que pudesse acrescentar também fora das quatro linhas. Um líder que pudesse ajudar a Inter. Antes de acertar, assisti um treino para analisar o time. Gostei do que vi. São jogadores promissores. Vi que não era tão difícil assim sair da situação incômoda que o clube se encontrava. Foi por isso que aceitei mais esse desafio em minha carreira. E acertei.

Painel - Como o elenco te recebeu?
Luís Mário - Muito bem. Eles entenderam que eu vim para somar e não para ser o centro das atenções. Um só jogador não ganha campeonato, mas um elenco sim. Nossa equipe está unida e todos aqui se ajudam. Talvez eles tenham gostado de mim porque não sou vaidoso e individualista. Quero ser igual à todos aqui.

Painel - Você já tinha se aposentado antes do convite da Inter?
Luís Mário - Estava realmente decidido a parar de jogar, até para curtir mais as minhas filhas Gabriela (12 anos) e Pietra (7 anos) no sul do país. Joguei três meses na Segunda Divisão do futebol da Bulgária. Meu último clube no Brasil foi o Icasa, onde ajudei a subir para a Série B do Brasileiro. A Inter abriu as portas para mim e acreditou em meu trabalho. Serei eternamente grato por isso.

Painel - O gol na sua estreia em Sertãozinho ajudou ainda mais?
Luís Mário - Sem dúvida. Quando surgiu aquela falta pela meia-esquerda, porém de longa distância, avisei meus companheiros que eu levantaria a bola para a área. Foi por isso que os zagueiros foram até para a área tentar o cabeceio. Mas quando vi o posicionamento da barreira, achei que dava para bater no gol. Fui feliz demais no chute e a bola entrou na gaveta. Peguei na veia. Foi um golaço realmente.

Painel - Em sua vitoriosa carreira, já tinha marcado um gol assim?
Luís Mário - De falta esse sem dúvida foi o mais bonito. Não canso de assistir o vídeo. Defendendo o Mogi Mirim fiz um gol parecido no Canindé contra a Portuguesa, mas com a bola rolando.  

Painel - Você enfrentou a Inter no passado?
Luís Mário - Sim, pelo Mogi Mirim. Eu não tinha sorte no Limeirão. Sempre que jogava aqui eu saía derrotado. O estádio recebia grandes públicos. A Inter sempre foi um time temido pelos adversários. É um dos mais respeitados do interior paulista. Não é a toa que foi campeão em 1986.

Painel - Hoje você se assusta ao ver a Inter apenas na Série A-3?
Luís Mário - Claro que sim. A Inter é muito grande para estar disputando uma terceira divisão. No mínimo é para ela estar na A-2. A cidade ama futebol. É triste vê-la nesta situação, mas tudo na vida tem um recomeço.

Painel - Você está bem fisicamente?
Luís Mário - Confesso que até assustei com meu rendimento diante do Noroeste. Joguei quase um tempo e meio e quando foi substituído, até para poupar, parecia que eu nem tinha jogado. Estou me sentindo bem demais. Aliás, estou pesando 77 kg. Nunca joguei tão magro em toda minha carreira.

Painel - A Inter vai subir?
Luís Mário - Garanto a você e a torcida leonina que a Inter só não vai subir se perder o foco daqui para frente. As peças que chegaram se encaixaram perfeitamente no esquema tático do professor Claudemir Peixoto. A gente só perderá para nós mesmos. Espero que isso não aconteça.

Painel - Você já recebeu algum convite para o segundo semestre?
Luís Mário - Sim, do ASA de Arapiraca, que infelizmente caiu no ano passado para a Série C do Campeonato Brasileiro. Joguei lá e os diretores gostam muito de mim. Mas sou grato aos clubes que acreditam em mim. Quando estava parado, foi a Inter que me procurou. Sendo assim, ficarei aqui até quando os dirigentes quiserem.

Painel - Se a Inter realmente subir para a Série A-2, você fica até 2015?
Luís Mário - Por mim, claro que sim. Apesar do pouco tempo que estou aqui, parece que já faz anos que visto a camisa da Inter. Sou bem tratado e me sinto bem aqui, acima de tudo, útil. Gostaria muito de cravar para sempre meu nome na história deste clube. Se o presidente quiser, eu jogo a A-2 sem problemas. Do jeito que estou bem fisicamente, mesmo aos 37 anos, acho que aguento mais uns dois anos. O que me ajuda também é o fato de nunca ter me machucado com gravidade. Mas vamos por partes. Primeiro será preciso subir.

Painel - Está gostando do trabalho do técnico Claudemir Peixoto?
Luís Mário - Nunca tinha trabalhado com ele, mas sempre ouvia falar da sua competência. Ele foi jogador e sabe como lidar com o elenco. Tem uma boa conversa e conhece futebol. Achei bacana ver a preocupação dele comigo na goleada contra o Noroeste. Ele me tirou no segundo tempo para me poupar. Isso nos fortalece para a sequência.

Painel - Um jogo inesquecível para você?
Luís Mário - Foi o primeiro jogo da final da Copa do Brasil de 2001. O Corinthians vencia o Grêmio por 2 a 0, quando marquei os dois gols que deram o empate a minha equipe. O Estádio Olímpico, com 60 mil torcedores, quase veio abaixo. Foi emocionante e inesquecível. Fomos campeões no Morumbi.

Painel - E um gol inesquecível?
Luís Mário - Foi o gol da classificação do Vitória de Guimarães para a Copa Uefa, um dos mais importantes da história do clube português. Vencemos o Boa Vista por 1 a 0, com meu gol aos 45 minutos do 2º tempo. Tirei a camisa na comemoração e fui expulso. Teve outro que marquei pelo Coritiba na final do Campeonato Paranaense de 2004 contra o Atlético. Está entre os dez mais bonitos da história do Coxa.

Painel - Você tem algum arrependimento na carreira?
Luís Mário - Tenho sim. Estava no Vitória de Guimarães de Portugal quando recebi um convite para defender a Lazio da Itália. Mas por ser muito apegado a minha família, decidi não ir. Vim para o Atlético/MG e acabamos rebaixados para a Série B do Campeonato Brasileiro, mesmo com um super time, com Marques e cia. Se tivesso ido para a Lazio, fatalmente estaria lá até hoje.

Painel - Como você foi descoberto no Remo?
Luís Mário - O saudoso presidente Wilson Fernandes de Barros, meu eterno paizão, me trouxe para o Mogi Mirim. Na época ele pagou 40 mil reais pelo meu passe ao Remo e me vendeu ao Corinthians por 1,5 milhão de dólares. Foi a maior transação feita pelo Mogi até hoje.

Painel - Faltou a Seleção Brasileira em seu currículo?
Luís Mário - Até hoje eu guardo uma grande mágoa do técnico Luiz Felipe Scolari. Entrei na Justiça contra o Corinthians e fiquei um mês e meio parado, até me transferir para o Grêmio. Estava no auge da minha carreira, mas o Felipão não me convocou, alegando que não levava jogador que estava parado. Preferiu o Alex Mineiro, do Atlético/PR. Hoje ele faz isso com o goleiro Júlio César. Isso dói. Era para estar naquele elenco campeão da Copa do Mundo.

Painel - Você pensa em ser técnico?
Luís Mário - Se eu disser que não, estarei mentindo. Penso sim. Quando pendurar as chuteiras vou me dedicar a carreira de técnico, até pelo currículo que tive no futebol. Trabalhei com os melhores técnicos do nosso país e nessa hora a experiência vai contar muito.

Painel - Qual seu maior sonho?
Luís Mário - Acho que sou diferente das outras pessoas. Sonho com coisas atuais. Ou seja, meu sonho é subir com a Inter para a Série A-2. Subi recentemente com o Icasa e levar o Leão para a A-2 seria muito bom para mim e principalmente para o clube.

Painel - Para fechar, é verdade que você fez um memorial na sua cidade natal?
Luís Mário. É verdade. Esse memorial está em Vigia, cidade de apenas 50 mil habitantes no Pará. Nesse local está toda minha história. Tem meus troféus, minhas faixas, inclusive a de campeão Mundial pelo Corinthians em 2000. Fui campeão com o Timão também no Brasileirão de 1999, campeão da Copa do Brasil de 2001 pelo Grêmio, ganhei o Gauchão de 2001 em cima do Juventude e fui campeão paranaense com o Coritiba. Nada mal.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Em tarde de Chuck, Inter vence o Juventus na Rua Javari e embala


*** Por Roberto Lucato

O dia amanheceu claro em São Paulo, mas, no período da tarde, nuvens carregadas se posicionaram sobre o estádio do Juventus, na Rua Javari. O time da casa não previa, mas eram as nuvens de Chuck, que só não fez chover na vitória da Internacional, por 2 a 0, que chegou aos 27 pontos.

O técnico Claudemir Peixoto mandou a campo uma equipe cautelosa, porém, sem medo de agredir o adversário, que necessitava da vitória para continuar sonhando com a classificação. Isso explica os primeiros ataques favoráveis à equipe da casa, o primeiro com Fabiano Gadelha, aos 10 minutos. Ele avançou com liberdade, e bateu sem direção.

A resposta da Veterana aconteceria aos 12 minutos, quando Luis Mário cruzou alto para Jardel, que escorou a bola para Ricardo. No chute a bola entrou, mas o lance foi invalidado por impedimento. Luis Mário, na verdade, demorou para encontrar sua faixa no gramado. Ora pela direita, ora pela esquerda, o maestro leonino não repetiu as exibições anteriores até a metade da primeira etapa e, em função disso, Chuck e Jardel não eram alimentados como poderiam.

O Juventus tentava atacar na base do abafa, como no cabeceio de Renato aos 20, obrigando Carioca a praticar fácil defesa. Pouco antes da abertura do placar, mais um lance de perigo da alvinegra. Luis Mário cobrou uma falta pelo setor direito e a bola atravessou toda a grande área, encontrando Cleber Luis acompanhando o lance. Na hora de tocar, o chute saiu travado e sem perigo para as metas de André Dias.

No contra-ataque, o primeiro gol. Chuck fora lançado como um ponta esquerda, ganhou incrivelmente na velocidade de Alan e aproximou-se da área. Os defensores esperavam mais um drible, ou um passe, mas ele fez diferente e arriscou, tiro seco, a meia altura. O goleiro André Dias tentou se esticar, mas pulou tarde, e estava decretada a abertura do placar.

A Inter poderia ter ampliado aos 41, quando Luis Mário se incumbiu de cobrar uma falta a dez metros da risca da área. O tiro saiu forte, no ângulo esquerdo do goleiro juventino, que desta vez, atento, fez um milagre e mandou para escanteio, de mão trocada.

Na segunda etapa, o que era esperado aconteceu, ou seja, a pressão do Juventus desde os primeiros minutos. A Inter correu seus riscos, especialmente porque Ricardo e Cleberson haviam terminado a primeira etapa com cartões amarelos nas costas.

A equipe grená estava totalmente pilhada e tentava contaminar seus adversários na base da provocação, especialmente contra Ricardo, ex-atleta no clube da capital. Mas se a pressão acontecia, as chances de gol eram praticamente inexistentes.

Os comandados de Luis Carlos Ferreira não possuíam qualidades suficientes para vencer, mais uma vez, o bem postado miolo de zaga da Internacional, especialmente pelo alto. Apenas o meia Thiago Heinz tentava a aproximação ao ataque, mas não saía daquele quadradinho, quando as dimensões do gramado são pequenas: a busca incansável pelo chuveirinho.

A Inter quase ampliaria aos 20 minutos, depois que Rodnei experimentou um chute forte de fora a área. O goleiro rebateu e Luis Mário, na pequena área, ficou com o gol à sua frente e chutou por cima, mas o árbitro já havia assinalado impedimento.

Nessa altura, a Inter estava muito recuada e só um gol poderia trazer a partida à normalidade. Chuck se incumbiu de fazê-lo, novamente. Depois de não desistir de uma bola espirrada ao setor ofensivo, ele recuperou a gorduchinha, se livrou do marcador a bateu rasteiro, cruzado, forte, para desespero de André Dias.

A ampliação foi uma ducha de água fria. A equipe grená não era nem a sombra daquele elenco disposto nos primeiros minutos da segunda etapa, porém, aos 34 minutos, um lance poderia ter mudado o marcador. Goiano disputou uma bola erguida na área com o atacante Bruno Santiago, e o árbitro José Cláudio entendeu que houve empurrão.

O resultado foi a marcação de uma penalidade máxima, e Thiago Heinz se incumbiu da cobrança. Mãos na cintura e Carlos Carioca, no centro da meta. Ao caminhar e bater, ele viu o goleiro leonino voar como o homem de aço para sua trave esquerda e praticar a defesa, mandando a bola a escanteio, para alegria dos companheiros que, imediatamente, foram abraçá-lo.

Carlos Carioca defende pênalti

Goiano, sempre voluntarioso, poderia ter feito 3 a 0 quando comandou um lance individual, aos 45 minutos. Depois de entrar na área e bater forte o goleiro defendeu, e a bola sobrou em seus pés, mas daí a conclusão foi para fora. Vitória merecida de um time que, no momento certo da competição, vai amadurecendo e colhendo uma sequência de bons resultados.

FICHA TÉCNICA

JUVENTUS 0 X 2 INTERNACIONAL


JUVENTUS: André Dias; Marcelo Santos (Alan, depois Natan), Cícero, Leo e Lucas Pavone; Thiago Renz, Derli, Fabiano Gadelha (Fernandinho) e Élvis; Bruno Santiago e Renato. Técnico: Luis Carlos Ferreira
INTERNACIONAL: Carlos Carioca; Diego, Junior Goiano, Doni e Cléber Luis; Cleberson (Leandrão), Rodney, Ricardo e Luis Mário (Goiano); Jardel (Alex Lima) e Chuck. Técnico: Claudemir Peixoto
Arbitragem: José Cláudio Calógero, auxiliado por Leonardo Chiavo Pedalini e Liliane Aparecida Galdino
Gols: Chuck, para Inter, aos 30 da primeira etapa e aos 25 da segunda.

Pintinho salva o Galo da derrota contra o Votuporanguense aos 45 do 2º tempo


Foram os 90 minutos mais nervosos e dramáticos do Independente neste Campeonato Paulista da Série A-3. Uma tensão do começo ao fim, afinal de contas, em jogo estava o futuro das duas equipes na competição.

Uma derrota poderia ser fatal, até por se tratar de um confronto direto, entre o sétimo e o oitavo colocado. E que sofrimento. O chamado teste para cardíaco nenhum botar defeito.

O Independente não contava com o volante Jordy Guerreiro, lesionado. Já o meia Claytinho cumpria suspensão pelo terceiro cartão amarelo. Coube a Diego Lomba substituí-lo. Por outro Marcelo Bonan, Jackson e Denner retornaram ao sistema defensivo, um dos menos vazados da A-3. 

O Independente foi surpreendido logo aos 4 minutos. O habilidoso meia Marcelinho viu o avanço de Jadson pela direita, nas costas de Thyego, e fez a assistência perfeita. O meia invadiu a área e bateu cruzado, sem chances para Marcelo Bonan: 1 a 0.

O primeiro tempo foi ruim, com raras oportunidades. O Independente não conseguia passar pelo ferrolho armado pelo time visitante, que tinha no zagueiro Vinícius seu expoente na defesa. O grandalhão cortava todas pelo alto, dificultando as ações do goleador Dairo, mais uma vez apagado na partida, apenas servindo seus companheiros.

A única chance real de gol do alvinegro na primeira etapa aconteceu aos 30 minutos, quando Jackson levantou da direita e Denner cabeceou na segunda trave, a direita do gol de Darci.

O intervalo foi tenso demais. O técnico Álvaro Gaia discutiu rispidamente com um grupo de torcedores atrás do seu banco de reservas. O treinador precisou ser contido pelo auxiliar Andrezão, pois queria partir para a briga do lado de fora. Ele chegou a machucar sua mão ao dar um soco no alambrado.

Completamente sem voz, Gaia se emocionou ao conceder uma entrevista ao repórter César Roberto logo após a discussão. Ele desabafou e disse que poucos fizeram pelo Galo em 70 anos o que ele fez em dois anos.

O mesmo Gaia perdeu o atacante Lucas Xavier no intervalo. O jogador passou mal durante a noite com uma virose e jogou os 45 minutos iniciais no sacrifício. Pouco rendeu e precisou até ser conduzido novamente a Santa Casa para tomar soro.

Dodô entrou em seu lugar e literalmente incendiou o jogo. Logo aos 4 minutos, cobrou uma falta frontal, cheia de curva. O goleiro Darci praticou uma defesa espetacular.

Dois minutos depois, outra falta cobrada por Dodô. O goleiro Darci soltou, mas Dairo chutou em cima do arqueiro, que novamente deu rebote. Denner pegou a sobra e bateu cruzado para fora.

Era o lance que precisava para acordar a torcida, que passou a jogar junto com o Independente. Negueba e Luciano Pintinho também entaram no Galo e o time jogou na área do time de Votuporanga. Era ataque contra defesa. A famosa blitz ofensiva.

Aos 27 minutos, por pouco o Votuporanguense não ampliou no contra-ataque. O meia Rodolfo arriscou da intermediária e a bola explodiu na trave direita de Marcelo Bonan. Que susto. Parecia que ela entraria.
O CAV recuou completamente, jogando com seus 11 jogadores na defesa. Desta forma, Denner e Xandão ganharam liberdade para encostar nos meias.

Aos 42 minutos, Xandão recebeu livre no ataque e bem ao seu estilo, mandou um "tubaço". O goleiro Darci teve um enorme trabalho para defender e no rebote, Luciano Pintinho chutou a bola e a mão do arqueiro, que ficou caído por alguns minutos. Confusão armada na grande área e cartão amarelo para o atacante galista.

O Independente criava uma chance atrás da outra. Fabiano fez um grande trabalho de transição entre o meio de campo ao ataque. Aos 44 minutos, Jackson, outro que teve um papel fundamental em campo, levantou da esquerda e Denner cabeceou à queima-roupa para uma defesa espetacular de Darci, em cima da risca do gol.

De tanto insistir o Independente foi recompensado com o gol de empate aos 45 minutos. No cruzamento de Jackson pela esquerda, Vinícius afastou mal e Luciano Pintinho emendou de esquerda, no canto de Darci. Explosão de alegria no Pradão. O gol salvador, que mantém o Galo no G-8.

Na comemoração, Álvaro Gaia entrou em campo para comemorar com seus jogadores e acabou novamente expulso de campo. Já Pintinho, que marcou seu primeiro gol pelo clube, teve a clavícula deslocada no lance e deixou o Galo com 10 até o fim da partida, já que as três alterações já tinham sido efetuadas.

Foi o chamado "empate com sabor de vitória". A torcida, que estava tensa, foi feliz para a casa, acreditando na classificação para a próxima fase. Restam mais dois jogos. No sábado, às 19h, o Independente enfrenta o Novorizontino, fora de casa. Na última rodada fecha com o já rebaixado Guaçuano no Pradão.

Ficha Técnica

Independente 1 x 1 Votuporanguense


Gols - Jadson aos 4 do 1º tempo (V) e Luciano Pintinho aos 45 do 2º tenpo (IN)
Local - Pradão
Árbitro - Paulo Estevão Alves da Silva
Auxiliares - David Botelho Barbosa e Marcela de Almeida Silva
Público - 399 pagantes
Renda - R$ 4.670,00
Independente - Marcelo Bonan; Jackson, Denner, Xandão e Thiego (Negueba); Alysson, Thiago Silva, Fabiano e Diego Lomba (Luciano Pintinho); Dairo e Lucas Xavier (Dodô). Técnico - Álvaro Gaia.
Votuporanguense - Darci; Serginho Paulista, Caio César, Vinícius e Kauê; Gustavo, Rodolfo, Jadson (Marquinhos) e Marcelinho; Marcão (Staner) e Luciano (Wallace). Técnico - Ricardo Pinto.
Ocorrências - cartões amarelos para Luciano Pintinho (IN); Vinícius, Gustavo, Jadson e Luciano (V).

*** Crédito do gol de Luciano Pintinho - JB Anthero.

terça-feira, 1 de abril de 2014

Inter não marcava cinco gols no Limeirão desde 2010

O clima na Internacional é o melhor possível, principalmente após a goleada sobre o Noroeste por 5 a 1, sábado no Limeirão, que recolocou o Leão dentro do G-8 do Campeonato Paulista da Série A-3. Os últimos reforços deram corpo ao time e fizeram o técnico Claudemir Peixoto ter opções e variações.

A última vez que a Inter conseguiu marcar cinco gols no Major Levy foi na Segundona de 2010, ano em que voltou para a Série A-3. No dia 18/07, o Leão goleou o Palmeirinha de Porto Ferreira por 5 a 1, gols de Diego Carioca (2), Fernando Russi, Jonathan e Serginho Mendes. Curiosamente o técnico também era Claudemir Peixoto.

Em sua história centenária, a Inter jogou 720 partidas no Limeirão. Foram 336 vitórias, 212 empates e 172 derrotas. Destas vitórias, em apenas 13 delas o alvinegro conseguiu marcar cinco gols.

A maior goleada aplicada pela Inter no Major Levy aconteceu no dia 06/09/2000, com o placar de 6 a 0 no União Rondoniense/MT, pela Copa João Havelange. Neste dia, o centroavante Reginaldo marcou quatro gols.

A Inter já marcou 976 gols no Limeirão em sua história. Ou seja, faltam apenas 24 para o milésimo. Pela média, dificilmente esse gol sairá nesta Série A-3, até porque a Inter tem apenas mais um jogo em casa nesta fase, que será contra o América na última rodada. Se avançar ao quadrangular final serão mais três jogos em casa. Convenhamos, 24 gols em quatro jogos é praticamente impossível.

Esse milésimo gol sairá muito provavelmente na Copa Paulista, caso a Inter dispute, ou apenas em 2015, no próximo Campeonato Paulista, caso o alvinegro fique sem atividades no segundo semestre.

Luís Mário

Um dos responsáveis por essa ascenção da Inter na reta de chegada da A-3 é o experiente Luís Mário, jogador mais velho a marcar um gol pelo Leão na história. Aos 37 anos, o ex-meia do Corinthians e do Grêmio arrumou o meio-de-campo da Veterana, dando um toque de qualidade nas jogadas. Em dois jogos, marcou dois gols.

Já o centroavante Jardel estreou com fome de gol, marcando duas vezes contra o Noroeste. Ele deve continuar formando a dupla de ataque com Chuck.

A Veterana volta a campo amanhã para enfrentar o Juventus, às 15h, na Rua Javari. No momento o alvinegro ocupa a sexta colocação com 24 pontos. Serão dois jogos seguidos fora de casa, uma vez que no domingo o adversário será a Francana, no Lancha Filho, às 10h.

Maiores goleadas da Inter no Limeirão:

06/09/2000 - Internacional 6 x 0 União Rondoniense/MT
21/03/1981 - Internacional 5 x 0 Fortaleza
23/07/1986 - Internacional 5 x 0 XV de Piracicaba
27/04/1997 - Internacional 5 x 0 América
14/02/1982 - Internacional 5 x 1 Itabaiana
07/08/1983 - Internacional 5 x 1 XV de Jaú
12/11/1988 - Internacional 5 x 1 Atlético/GO
25/03/2001 - Internacional 5 x 1 Portuguesa
11/03/2009 - Internacional 5 x 1 União de Mogi
18/07/2010 - Internacional 5 x 1 Palmeirinha
29/03/2014 - Internacional 5 x 1 Noroeste
12/04/1983 - Internacional 5 x 2 São Bernardo
06/06/1985 - Internacional 5 x 2 Comercial
19/04/1998 - Internacional 5 x 3 Juventus

segunda-feira, 31 de março de 2014

Inter goleia o Noroeste e está de volta ao G-8 da A-3


Internacional e Noroeste se enfrentaram sábado à tarde no Limeirão pela 16ª rodada do Campeonato Paulista da Série A-3. E o Leão provou que está em franca recuperação na competição, goleando o Noroeste por 5 a 1 e voltando ao G-8 - ocupa agora a sexta colocação com 24 pontos, junto com o rival Independente, porém com uma vitória a mais. Já o time de Bauru se aproxima cada vez mais da Segundona. É o penúltimo colocado com apenas 12 pontos.

Precisando dos três pontos, a Veterana entrou em campo mais ofensiva, com dois meias, Allan e Luís Mário, e com dois volantes, Cleberson e Rodney. Ricardo perdeu sua condição de titular.

No ataque a novidade foi a entrada de Jardel, ex-Olímpia e Rio Branco de Americana, no lugar de Alex Lima. Outra mexida de última hora na equipe titular foi a volta de Cleber Luís no lugar de George, que sentiu um desconforto muscular e foi vetado pelo Departamento Médico.

A Internacional iniciou a partida apertando o adversário. Logo na saída de bola, o primeiro escanteio do jogo favorável a Veterana. Na sequência, o meia Luís Mário escapou pela direita e cruzou na medida para Jardel. O grandalhão cabeceou com perigo, para a defesa de Wellington.

Aos 9 minutos o gol leonino através de Cleber Luís. O Norusca pouco atacava, no que propiciava por parte da Inter ser mais presente ofensivamente. Aos 18 minutos, chute cruzado e o goleiro Wellington deixou a bola escapar. Desligado no lance, Jardel perdeu a chance de marcar o segundo gol.

O sistema tático adotado pelo treinador leonino Claudemir Peixoto deixou a equipe mais solta. Desta forma, o alvinegro chegou ao segundo gol aos 30 minutos. Bola para Luís Mário. No pé do meia, a jogada transformou-se em gol. Aliás, o camisa 10 da Internacional tocou com classe para fazer 2 a 0.

Logo em seguida, o terceiro gol do Leão. Chuck roubou a bola e tocou para Jardel, que ampliou o marcador para 3 a 0. No final do primeiro tempo a primeira alteração por contusão no time leonino. A saída de Allan para a entrada de Thiaguinho. Na verdade, enquanto o meia esteve em campo, pouco produziu.

Do lado do Noroeste, perdendo por 3 a 0, a equipe adversária tinha poucas opções para diminuir o marcador. Para o segundo tempo, três foram alterações. Sairam os laterais Bira e Rafinha e o meia Otacílio para as entradas de Roni, Uallan e Adelino.

A intenção de Vitor Hugo era dar mais consistência a sua equipe. Evitar um placar mais elástico era um dos objetivo do técnico do Noroeste. Aos 4 minutos, o primeiro lance de gol criado pela Inter. Foi Thiaguinho que passou por dois marcadores e bateu para a defesa de Wellington, que tocou a bola para escanteio.

Cinco minutos após este lance, o time leonino aumentou o marcador. Luís Mário, do setor esquerdo, deu um passe açucarado para o centroavante Jardel. Bola na rede e 4 a 0 para o Leão da Paulista.

Sem pretensões, o Noroeste tentava o seu gol. E ele ocorreu aos 27 minutos, quando o meia Uallan, que entrou no intervalo, tocou por cobertura para marcar um bonito gol.

Mas na sequência veio o quinto gol do time limeirense. Diego participou do lance. No chute do lateral a bola bateu na trave e na sobra estava Cleberson, que escorou para marcar o quinto gol do Leão da Paulista, 5 a 1.

No final da partida, Chuck poderia ter marcado o sexto gol, mas a bola bateu na trave e saiu pela linha de fundo. E foi assim que o time leonino conquistou sua sétima vitória na competição.
Na sequência a Inter volta a campo na quarta-feira à tarde para enfrentar o Juventus, na Rua Javari. Depois joga em Franca no domingo e fecha a primeira fase em casa contra o América.

Ficha Técnica

Internacional 5 x 1 Noroeste


Gols - Cleber Luís aos 9, Luís Mário aos 30 e Jardel aos 34 do 1º tempo, Jardel aos 9 e Cleberson aos 32 do 2º tempo (IN); Uallan aos 27 do 2º tempo (N).
Local - Limeirão
Público - 567 pagantes
Árbitro - Simões Marconi Ferrari
Assistentes - Vladimir Nunes da Silva e Suzinani de Moraes Júnior.
Internacional - Carlos Carioca; Goiano, Júnior Goiano, Doni e Cleber Luís; Cleberson, Rodney, Allan (Thiaguinho) e Luís Mário (Osmar); Jardel (Diego) e Chuck. Técnico - Claudemir Peixoto.
Noroeste - Wellington; Alex, Glauco e Henrique; Bira (Roni), Otacílio(Uallan), Lelé, Douglas e Rafinha (Adelino); Jairo e Lauro César. Técnico - Vitor Hugo.
Ocorrências - cartões amarelos para Cleberson (IN); Henrique, Roni e Lelé (N).

Independente perde pontos preciosos no Pradão, mas segue no G-8

*** Gol de Lucas Xavier para o Independente.

O Independente deixou escapar dois pontos preciosos em casa. Jogando ontem no Pradão, o Galo só ficou no empate com o Cotia por 2 a 2. Porém, segue no G-8 do Campeonato Paulista da Série A-3, agora em sétimo lugar com 24 pontos, após 16 rodadas realizadas. Já o adversário somou seu 19º ponto e está no bloco intermediário da classificação (14º lugar)

O Cotia, que vinha de derrota para o Água Santa por 1 a 0 e com técnico novo (Toninho Cobra no lugar de Wantuil Rodrigues) começou o jogo pressionando e criou boas oportunidades. Mas os arremates da entrada da área quase sempre batiam nos zagueiros Alysson e Xandão. O início foi preocupante. Sem Jordy Guerreiro, suspenso, a defesa galista ficou sobrecarregada.

O Galo chegou pela primeira vez aos 7 minutos, quando Fabiano arriscou de longe e o goleiro Mano, de 2m01, segurou firme.

Aos 10 minutos o alvinegro abriu o placar. André, que substituía a Jordy Guerreiro, fez um passe preciso para Claytinho no comando de ataque. O meia viu a passagem de Lucas Xavier pela direita e fez a assistência. O chute cruzado entrou no cantinho de Mano. Galo 1 a 0 e primeiro gol do promissor atacante, que veio do Sub-20.

Com o gol, o Independente recuou demais. O time passou a valorizar mais a posse de bola e isso irritou a torcida. Apenas aos 23 minutos, Claytinho aproveitou a sobra de uma dividida de Dairo e mandou a esquerda do gol.

Aos 30 minutos, Dairo inverteu na meia-esquerda para Thiago Silva, que bateu forte de fora da área. Mano deu rebote e ninguém aproveitou.

A partir dos 31 minutos, o Cotia voltou a criar mais, em especial com o bom meia Carlos Júnior. Aos 33, ele levantou para o zagueiro Fábio, que cabeceou nas mãos de Geison.

Também de bola área, o Cotia chegou a igualdade no placar. Aos 36 minutos, falta cobrada por Carlos Júnior pela direita e Juliano cabeceou de forma perfeita, no canto direito de Geison: 1 a 1. Muita reclamação por parte dos galistas, pois o auxiliar Haislan Alves de Moraes teria levantado seu instrumento e depois voltado atrás.

O Independente teve outras duas oportunidades na primeira etapa. Aos 39, Fabiano tentou novamente o gol com um forte chute de fora da área e Mano defendeu em dois tempos. Já aos 42, linda tabela entre Luizinho e Lucas Xavier pela meia-direita e chute do ala, que raspou a trave do goleiro do time visitante. Fim do primeiro tempo e 1 a 1 no placar.

Segundo Tempo

O Cotia voltou com duas alterações. Cristiano e Marcos entraram nas vagas de Douglas e Lucas. Logo aos 2 minutos, Cristiano recebeu livre pela meia-direita e bateu com extremo perigo, assustando o goleiro Geison.

O técnico Álvaro Gaia começou a mexer no Independente. Primeiro, sacou Luizinho e colocou Negueba. Depois, tirou Claytinho, que estava bem no jogo, para colocar Dodô. Mas errou feio ao sacar Lucas Xavier para a entrada de Juninho. A torcida não perdoou o treinador e em coro o chamou de "burro", uma vez que o garoto estava criando boas jogadas pelo setor esquerdo.

O Cotia explorava os contra-ataques com o rápido e habilidoso Carlos Júnior. Era um "Deus nos acuda" para parar esse jogador, que perdeu uma ótima chance aos 10 minutos após cruzamento de Alexandre.

Aos 11 minutos, Negueba perdeu a chance de se consagrar. Após cruzamento de André pela direita, o ala Du cortou mal e a bola sobrou nos pés de Negueba, que de frente para o gol, conseguiu bater torto, para fora. A torcida foi ao desespero.

O Cotia era perigoso e incomodava o sistema defensivo do alvinegro. Aos 15 minutos, Marcos apareceu sozinho na meia-esquerda. Ele teve tempo de ajeitar e soltar a bomba. A bola raspou o travessão de Geison.

Aos 23 minutos, outro susto na torcida galista. No escanteio cobrado pela esquerda, o zagueiro Juliano subiu sozinho na pequena área e cabeceou rente a trave de Geison. Foi por pouco.

No minuto seguinte veio a resposta do Independente. O lateral Tiego foi acionado pela meia-esquerda e bateu com curva para o gol. Defesa espetacular do goleiro Mano, graças aos seus 2m01 de altura.

Até que aos 30 minutos, o Galo voltou a comandar o placar. Tiego cobrou uma falta pela ponta-direita para Dairo. O centroavante não alcançou, mas Dodô na segunda trave escorou para fazer 2 a 1. Primeiro gol do ala com a camisa galista em sete jogos.

Só que a alegria dos galistas durou exatamente um minuto. Na saída de bola do Cotia, Thiaguinho foi lançado na esquerda e bateu cruzado, de bico, no canto de Geison: 2 a 2. Uma ducha de água fria nos torcedores.

Como o empate não servia para as duas equipes, o jogo ficou aberto e perigoso. Aos 34 minutos, em nova descida do Cotia, Muller, que tinha acabado de entrar, ganhou de Alysson na corrida e cruzou para Rafael Silva, que chegou um segundo atrasado para a finalização.

Aos 42, o zagueiro Xandão quase marcou o gol da vitória. O becão, que completava 50 jogos pelo Independente, recebeu na entrada da área e bateu forte. A bola entraria no ângulo, mas Mano fez uma defesa sensacional, mandando a escanteio.

Aos 43 minutos foi a vez do Cotia atacar. No cruzamento de Carlos Júnior, Muller finalizou para a defesa de Geison. Já aos 47, na única oportunidade que o artilheiro Dairo teve em toda partida, o goleador recebeu um cruzamento perfeito de Negueba e cabeceou a direita de Mano, por pouco não marcando seu décimo gol na A-3.

Fim de jogo no Pradão e empate por 2 a 2. Restam mais três jogos para o término da primeira fase. Na quarta-feira o Independente receberá o Votuporanguense, novamente no Pradão. Depois jogará no sábado contra o Novorizontino, fora de casa, e fechará sua participação na primeira fase diante do quase rebaixado Guaçuano, também no Pradão.

Ficha Técnica

Independente 2 x 2 Cotia


Gols - Lucas Xavier aos 10 do 1ºT e Dodô aos 30 do 2ºT (IN); Juliano aos 36 do 1ºT e Thiaguinho aos 31 do 2ºT (C)
Local - Pradão
Árbitro - Derminal Benedito Gomes
Auxiliares - Haislan Alves de Moraes e Kleber dos Santos Fernandes
Público - 354 pagantes
Renda - não divulgada
Independente - Geison; Luizinho (Negueba), Alysson, Xandão e Tiego; André, Fabiano, Thiago Silva e Claytinho (Dodô); Dairo e Lucas Xavier (Juninho). Técnico - Álvaro Gaia.
Cotia - Mano; Du, Juliano, Fábio e Thiaguinho; Lucas (Marcos) (Muller), Jonatas, Alexandre e Carlos Júnior; Rafael Silva e Douglas (Cristiano). Técnico - Toninho Cobra.
Ocorrências - cartões amarelos para Claytinho e Thiago Silva (IN); Cristiano (C).