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terça-feira, 30 de setembro de 2014

Nunes, goleiro da Inter de Limeira: "Eu precisava pegar aquele pênalti"


A Internacional sempre teve bons goleiros em sua história. Silas foi o mais importante até pelo título paulista de 1986.

Mas Carlos Carioca é o maior ídolo da nova geração, até pelo seu jeito explosivo de ser, de nunca fugir das perguntas e sempre falar o que pensa. Foi campeão Sub-20 em 2003 e da A-2 em 2004. Independente dos resultados, sempre foi ovacionado pelo torcedor na saída para os vestiários.

Mas o posto de Carioca está seriamente ameaçado. Nunes vem tendo atuações espetaculares no gol leonino dentro da Copa Paulista. "Vivo o melhor momento da minha carreira. A cada jogo vou ganhando mais confiança e sei que meu trabalho está sendo visto com bons olhos. Fiquei feliz com a chance de permanecer na Inter na A-3 do ano que vem. Já estou apalavrado com a diretoria", frisou.

Nunes, que atua como titular desde o primeiro jogo da atual competição - foram 16 jogos e 16 gols sofridos - começou a crescer na meta leonina a partir do empate por 1 a 1 diante do Red Bull, no Moisés Lucarelli.

Fez defesas impressionantes e saiu como melhor em campo. Mas o ápice foi no dérbi do Pradão. A Inter venceu o Independente por 1 a 0 e Nunes fez sete intervenções magníficas, duas praticamente indefensáveis. O reconhecimento veio das arquibancadas com os torcedores gritando o seu nome. "Foi de arrepiar. Um dos dias mais felizes da minha vida, ainda mais que o tabu foi quebrado", lembrou.

Mas a série de milagres do arqueiro não parou por aí. Sábado diante do Comercial, no Limeirão, na abertura da segunda fase, Nunes defendeu o pênalti cobrado por André, impedindo a virada do Bafo - estava 1 a 1. "Na minha cabeça eu precisava pegar esse pênalti. Era a minha afirmação no gol. Eu tinha certeza que defenderia, tamanha cofiança em mim. Graças a Deus acertei o canto e defendi", frisou.

Mas Nunes reconhece que o dono da camisa 1 ainda é Carlos Carioca. "Estou mostrando para a diretoria, para o professor Betão Alcântara e para os torcedores que estou pronto para ser titular. Minha responsabilidade por substituir o Carlos Carioca é enorme. Ele é um ídolo aqui. O respeito demais mesmo. Para ser titular da meta leonina é preciso algo mais, pois sempre a referência será Carlos Carioca. Mas estou pronto e logicamente quero ser o titular", comentou.

Carreira

Gedielson Nunes de Oliveira tem 24 anos, 1m94 e 84 kg. Nasceu em Planaltina/DF em 23/09/1990. É filho de Natanael de Oliveira e de dona Silvânia Nunes da Silveira Oliveira. Tem três irmãos, Alinea de 28, Natanael Júnior de 27 e Maxuell de 26.

Começou a jogar futebol em uma escolinha de sua cidade como meio-campista. Mas o professor Celso José de Lima o convenceu que teria mais futuro no gol, pois era alto demais e desengonçado. Foi para o Unitri de Uberlândia e ficou no clube até os 17 anos.

Passou por Goiás, Uberlândia - onde se profissionalizou -, Mamoré, Contagem, Portal, São Gonçalo/RJ e Rio Claro. Foi indicado ao técnico Paulo Cezar Catanoce no ano passado pelo preparador de goleiros Brito.

Seu ídolo é o goleiro Júlio César, que disputou duas Copas do Mundo pelo Brasil. "Sempre achei o Júlio um goleiro seguro e rápido. Mas pelo meu tamanho, meu jeito e até minha fisionomia, não tem como não ser comparado com o Dida. É um excelente goleiro também", lembrou.

Palmeirense, Nunes torce para que o seu Verdão na caia para a Série B novamente e lamentou a fase dos goleiros do alviverde. Seu sonho é jogar em uma equipe de ponta do futebol brasileiro e ajudar a melhorar a condição de vida de seus pais. "Sei que estou no caminho certo. Jogar na Internacional está sendo um grande prazer para mim. Aqui é uma grande vitrine, um time muito respeitado por todos", completou.

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